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BEZERRA, Fabio Araújo; VERAS, Jefferson Nunes; SILVA, Andréa Soares Rocha. CULTURA DIGITAL NA
BNCC: necessidade da competência em informação para o processo formativo do professor. Brazilian Journal
of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023, e023001. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023001
CULTURA DIGITAL NA BNCC:
necessidade da competência em informação para o
processo formativo do professor
DIGITAL CULTURE AT BNCC: the need for information competence in the teacher education process
Fabio Araújo Bezerra (1), Jefferson Nunes Veras (2), Andréa Soares Rocha da Silva (3)
(1) Universidade Federal do Ceará, Brasil, fabiobezerra303@gmail.com
(2) jefferson.veras@ufc.br
(3) andrea.soares@ufc.br
Resumo
A revolução tecnológica é um dos aspectos que tem possibilitado difundir o acesso à informação. A qual
tem exigido dos professores o domínio de novos conhecimentos e competências para atuarem no contexto
da cultura digital. A presente pesquisa tem como objetivo compreender de que modo a Competência em
Informação (CoInfo) pode contribuir para o processo formativo do professor no tocante a competência
“cultura digital” abordada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A metodologia está pautada em
uma pesquisa bibliográfica, cuja abordagem é de natureza qualitativa, estando classificada, ainda, como
exploratória quanto aos objetivos. Os resultados apontam que a CoInfo é uma necessidade nas formações
inicial e continuada do professor, sendo a BNCC um instrumento favorável ao desenvolvimento de
habilidades relacionadas à busca, acesso e uso da informação de modo a aprimorar as práticas pedagógicas
contemporâneas. Conclui-se que em um mundo cada vez mais conectado, surgem novas demandas para
mediar a informação e o conhecimento. Logo, o desenvolvimento da CoInfo é uma prática didática
necessária à sociedade em rede, principalmente ao considerar os aspectos das dimensões ética e política
para trabalhar com a informação e produzir conhecimentos no campo educacional.
Palavras-chave: Competência em informação; Cultura digital; BNCC; Formação docente
Abstract
The technological revolution is one of the aspects that has made it possible to spread access to information.
This has demanded from teachers the domain of new knowledge and competences to act in the context of
digital culture. This research aims to understand how the Competence in Information (CoInfo) can
contribute to the teacher's formative process regarding the competence "digital culture" addressed in the
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Common National Curricular Base (BNCC). The methodology is based on bibliographic research, whose
approach is qualitative, being classified as exploratory in terms of objectives. The results indicate that
CoInfo is a necessity in the initial and continuing education of teachers, and the BNCC is a favorable
instrument for the development of skills related to the search, access and use of information in order to
improve contemporary teaching practices. We conclude that in an increasingly connected world, new
demands arise to mediate information and knowledge. Therefore, the development of CoInfo is a teaching
practice necessary for the network society, especially when considering the aspects of ethical and political
dimensions to work with information and produce knowledge in the educational field.
Keywords: Informational competence; Digital culture; BNCC; Teacher education
1 Introdução
Com o advento das transformações tecnológicas, a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) tem se voltado, cada vez mais, para a necessidade de englobar no trabalho didático-
pedagógico as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). A Ciência da
Informação (CI), por sua vez, tem se preocupado com a perspectiva social do fenômeno
informacional, associado à busca, acesso e uso da informação no cenário de uma “[...] cultura
contemporânea estruturada pelas tecnologias digitais” (Santos 2009 p. 5658).
Nessa nova configuração da atuação docente, a Competência em Informação (CoInfo)
tornou-se imprescindível para o professor no que tange a saber utilizar de forma eficiente e
contextualizada os recursos digitais no processo ensino-aprendizagem. Para tanto, as formações
inicial e continuada devem possibilitar ao docente os aprofundamentos teórico e prático
indispensáveis ao desenvolvimento de habilidades informacionais e tecnológicas que
proporcionem a construção do conhecimento. Diante do exposto, tem-se a seguinte questão de
pesquisa: Como a competência em informação pode contribuir para o processo formativo do
professor no tocante à competência “cultura digital” da BNCC?
Sendo assim, parte-se do pressuposto de que os estudos relacionados à CoInfo são
relevantes para o aperfeiçoamento da prática pedagógica e da vivência da cultura digital nas
instituições de educação básica. Dessa maneira, a presente pesquisa tem como objetivo
compreender de que modo a competência em informação pode contribuir para o processo
formativo do professor no tocante à competência “cultura digital” abordada na BNCC, estando
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pautada, ainda, em ampla revisão bibliográfica realizada em bases de dados e repositórios no
âmbito da CI.
Sabe-se que os desafios tecnológicos advêm de diferentes ordens e sentidos, portanto,
torna-se uma carência para a Educação atual estabelecer bases sólidas de uma política centralizada
na formação do professor que foque na aquisição da CoInfo para compreensão da busca, acesso e
uso da informação em diferentes suportes digitais, os quais podem transformar o processo de
aprendizagem mais eficiente e equitativo, justificando, assim, a relevância da presente pesquisa.
2 Cultura digital e BNCC
A intensa presença das TDIC em nosso cotidiano tem trazido mudanças significativas nas
práticas culturais dos indivíduos, evidenciando novas exigências tanto dos docentes quanto dos
discentes em relação às competências que devem ser mobilizadas para atuarem no contexto da
cibercultura. Para desenvolver tais competências é possível e até mesmo necessário recorrer a
novas práticas educacionais. No Brasil, a BNCC, por exemplo, oferece meios para que redes de
ensino, currículos e propostas pedagógicas se apropriem das contemporâneas transformações
tecnológicas e sociais, bem como da cultura digital, cujos saberes e fazeres se atualizam
constantemente, para que novas práticas educacionais favoreçam o desenvolvimento de novas
competências entre professores e alunos.
A BNCC é “[...] um documento normativo nacional, que define as aprendizagens essenciais
a serem desenvolvidas, sendo composto por conteúdos, competências e habilidades” (Niz et al.
2020 p. 2). Neste documento foram elencadas dez competências gerais que devem ser trabalhadas
durante o processo do percurso formativo dos discentes em todas as áreas do conhecimento. De
acordo com Mendonça e Soares (2020), a BNCC é a referência por meio da qual as escolas de
educação básica devem revisar, construir e reconstruir suas propostas pedagógicas.
Na BNCC, a competência é definida como “a mobilização de conhecimentos (conceitos e
procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do
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trabalho” (Brasil 2018 p. 8). Portanto, compreende-se competência como um conjunto de
conhecimentos que visa desenvolver atitudes comportamentais ou estimular ação interventiva para
gerir e mobilizar situações em um determinado contexto, de forma prática e consciente. Nessa
perspectiva, a Educação vem enfrentando um período de constantes mudanças em razão das
dinâmicas e transformações com relação ao próprio conhecimento, suas condições, possibilidades,
modalidades, procedimentos de construção e validação (Gómez 2012). Diante disso, a BNCC
insere um marco importante na história da Educação quando reconhece a existência da cultura
digital e a inclui no processo didático-pedagógico (Giffoni 2020).
A BNCC, portanto, destaca que a competência da cultura digital deve ser incorporada e
explorada por todas as áreas do conhecimento do ensino básico, tendo em vista a massificação das
TDIC. Assim, segundo Giffoni (2020 p. 4), “a competência ‘Cultura Digital’ reconhece as TDIC
como uma das principais mediadoras das relações humanas atualmente, o que torna o letramento
para a sua produtiva utilização e domínio do universo digital, necessários”.
A competência cultura digital” tem sido reforçada desde a implementação da nova BNCC,
acarretando mudanças no fazer pedagógico, principalmente, quando o assunto diz respeito às
tecnologias (Niz et al. 2020). Silva e Borges (2020) apontam que das dez competências gerais
presentes na BNCC, pelo menos quatro delas ressaltam o uso de recursos e vivências digitais, a
partir de “aprendizagens voltadas a uma participação mais consciente e democrática por meio das
tecnologias digitais, o que supõe a compreensão dos impactos da revolução digital e dos avanços
do mundo digital na sociedade contemporânea” (Brasil 2018 p. 474), conforme pode ser
visualizado no Quadro 1.
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Quadro 1 Vivências da cultura digital da BNCC
Competência 1
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
Competência 2
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes
áreas.
Competência 4
Utilizar diferentes linguagens verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital , bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir
sentidos que levem ao entendimento mútuo.
Competência 5
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal
e coletiva.
Fonte: Brasil (2018 p. 9)
As quatro competências iniciais destacam a inclusão e a vivência da cultura digital na
BNCC. No entanto, vale ressaltar que a competência de número 5 (cultura digital) está
integralmente dedicada a reconhecer “[...] o potencial das tecnologias digitais como instrumento
facilitador da construção do conhecimento, evidenciando-as como objeto de ensino” (Mendonça e
Soares 2020 p. 1030). Destarte, o termo cultura digital na BNCC pressupõe:
A construção de uma atitude crítica, ética e responsável em relação à
multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais, aos usos possíveis das diferentes
tecnologias e aos conteúdos por elas veiculados, e, também, à fluência no uso da
tecnologia digital para expressão de soluções e manifestações culturais de forma
contextualizada e crítica (Brasil 2018 p. 474).
Assim sendo, o conceito de cultura digital na BNCC engloba um conjunto de fatores que
se inter-relacionam ao meio educacional de forma impactante à luz das tecnologias digitais na
sociedade em rede. Nesta acepção, o conceito de cultura digital, segundo Kenski (2018), é uma
expressão nova, emergente e temporal, que está vinculada à incorporação de inovações e avanços
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proporcionados pelas tecnologias digitais e conexões em rede para comunicação, acesso e
compartilhamento de informações. Para tanto, a BNCC ressalta a necessidade de fomentar ações
de formação docente permanente que possibilitem um contínuo aperfeiçoamento dos processos de
ensino e aprendizagem (Brasil 2018).
Diante disso, surge o seguinte questionamento: a formação docente tem possibilitado e
capacitado o professor para o desenvolvimento de competências para atuar no contexto da cultura
digital?
Conforme Niz et al. (2020), faz-se necessário repensar a prática didática utilizando os
recursos tecnológicos no ensino presencial, manifestando a intencionalidade pedagógica. Dessa
forma, a formação docente deverá promover a inclusão digital numa perspectiva que atenda as
exigências e demandas tecnológicas da atual sociedade. Sobre o exposto, Machado (2016 p. 5)
assinala que:
[...] é fundamental pensar a formação docente no contexto da cibercultura e da
inclusão digital, contemplando os saberes construídos na docência e
incorporando nessa proposição outras perspectivas, que se relacionem a práticas
de aprendizagem cooperativa e coletiva.
Dessarte, a intensidade das transformações sociais ocasionadas pela cultura digital e sua
relação com ambientes informacionais são demasiadamente relevantes para o processo formativo
do professor, uma vez que dialoga com diferentes áreas do saber. Nessa perspectiva, para Peixoto
(2020 p. 70), “a cultura digital é a cultura da nova sociedade, que está imersa nas tecnologias de
informação”. Portanto, ainda de acordo com o autor supracitado, as formações inicial e continuada
dos professores são um ponto importante para a concretização de mudanças e atuações na cultura
digital.
Por tais razões, Castells (2000) diz que as tecnologias de informação e comunicação
possuem um importante papel para a construção do conhecimento e promoção do acesso à
informação. Porquanto, “a escola é parte integrante da sociedade e deve acompanhar essas
mudanças, sendo capaz de proporcionar diversas possibilidades de aprendizagem” (Peixoto 2020
p. 64). Dessa forma, a cultura digital dialoga, transita e avança gradualmente em diferentes espaços
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sociais, e por estar em constante expansão, integra conceitos, valores e conhecimentos (Kenski
2018).
No entanto, há de se considerar que, hoje ainda existe a necessidade de uma reflexão mais
densa, por meio da qual aconteça um entendimento holístico e crítico a respeito da aquisição de
competência em informação por parte do professor, sobretudo no que tange às exigências do
contexto da cultura digital, pois foi visível o despreparo de alguns professores durante o período
pandêmico, visto que muitos não tinham formações, e caso tivessem, não contemplavam as suas
reais necessidades didático-pedagógicas (Silva et al. 2021).
3 Competência em informação
A influência da cultura digital vem redimensionando o contexto social em diversos
aspectos, dentre eles, a busca e o acesso à informação. Pois, de acordo com Capurro e Hjorland
(2007 p. 149), “é o surgimento da tecnologia da informação e seus impactos globais que
caracterizam a nossa sociedade como uma sociedade de informação”.
A CoInfo, por exemplo, surge como a necessidade de formação dos indivíduos para
mobilizarem diferentes habilidades nos espaços digitais, visto que a informação desempenha cada
vez mais importância em razão dos benefícios que ela proporciona a seus usuários para construírem
conhecimentos a partir de conteúdos informacionais (Pimenta e Petrucci 2010).
Para Silva et al. (2020 p. 196), a CoInfo “é entendida então como um conjunto de
habilidades para identificar e acessar fontes de informação, físicas ou digitais, e usá-las para a
resolução de determinados problemas”. Pode-se dizer que os sujeitos competentes em informação
são capazes de mobilizar e desenvolver habilidades e conhecimentos que o permitam agir em
determinadas situações cotidianas por meio do ato de acessar, avaliar e usar a informação (Gasque
2013).
É importante ressaltar que apesar de ser objeto de estudo na CI, a Coinfo também atua
como ponto de congruência em outras áreas do conhecimento, uma vez que os estudos sobre a
temática buscam “o fortalecimento de relação interdisciplinar com outras áreas do saber, a
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educação é uma delas” (Silva Neto e Freire 2015 p. 51). Nesse sentido, é possível trazer a discussão
sobre a CoInfo para as propostas da BNCC, sobretudo quando se trata da competência “cultura
digital”. Neste contexto, o docente passa a evidenciar não somente as competências básicas da
BNCC, inclusive das competências informacionais, que abrangem “novas habilidades como: saber
que possui necessidade de informação, avaliar criticamente as informações obtidas e organizá-las
(Silva et al. 2020 p. 196).
Logo, nesse caso, o docente é desafiado a repensar sua prática sob a óptica mais próxima
ao mundo tecnológico em que o desenvolvimento de competências informacionais é uma
realidade. Assim, “as competências em informação estão focadas no aprendizado ao longo da
experiência do professor, necessária para gerar o desenvolvimento, aperfeiçoamento e a liberdade
plena que leve à inclusão social a partir da inclusão digital” (Silva Neto e Freire 2015 p. 48).
Nessa perspectiva, o processo formativo do professor em relação às competências, de
acordo com Belluzzo (2007), deve ser composto de duas dimensões: a primeira delas envolve o
domínio de saberes e habilidades que permitam a ação prática na realidade, enquanto a segunda
está voltada para uma visão crítica para alcançar os objetivos de forma mais concreta e tendo o
compromisso com as necessidades que surgem no contexto social tecnológico. Dessa forma, tais
premissas demandam novas maneiras de interpretar, mediar e gerir a informação e o
conhecimento.
Estando a educação influenciada diretamente pelo fenômeno das TDIC, faz-se necessário
compreender a atual complexidade da natureza e a dinâmica contemporânea tanto de acesso quanto
ao uso da informação presente em meios digitais. Desse modo, “a informação é parte integrante
de toda atividade humana, individual ou coletiva e, portanto, todas essas atividades tendem a ser
afetadas, diretamente, pelas novas tecnologias” (Werthein 2000 p. 72). A partir de teorias
contemporâneas no contexto da CI, desenvolveram-se os estudos dos fenômenos informacionais,
por meio dos quais a CoInfo emerge como uma necessidade cultural do tempo atual, que visa à
aprendizagem de acesso, busca e uso pelo sujeito de forma protagonista nos mais diferentes níveis,
como também para receber, interpretar e usar a informação (Araújo e Valentim 2019).
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Portanto, conforme Belluzzo (2004 p. 87), a capacidade de assimilar informações e
transformá-las em conhecimentos, tornou-se ponto de referência para as diretrizes do mundo
globalizado”. Dado o exposto, Silva et al. (2020 p. 200) apresentam uma significativa contribuição
acerca da CoInfo numa perspectiva geral, a qual “estaria relacionada a ter uma visão avaliativa
crítica sobre todo o processo de produção, organização e uso da informação”.
Outrossim, as discussões sobre a CoInfo ganham cada vez mais destaque no contexto da
cibercultura. Assim sendo, torna-se necessário discutir a democratização e tornar universal o
acesso à informação para a inclusão digital. Em virtude dessas considerações, as tecnologias
digitais potencializaram o processo comunicacional e informacional com rapidez e eficiência,
possibilitando a aquisição e disponibilização da informação de modo instantâneo, passando a ser
a principal referência para a construção de conhecimentos dos sujeitos de forma colaborativa.
Porquanto, uma necessidade de refletir na Educação sobre o desenvolvimento da CoInfo
no trabalho docente perante a sociedade conectada, para possibilitar ao “indivíduo acessar,
compreender e converter a informação em novos conhecimentos” (Goez e Araújo 2018 p. 111).
Isto posto, Barreto (2002) acrescenta que a informação produz conhecimento e traz
desenvolvimento, tanto ao indivíduo quanto à sociedade, desde que adequadamente assimilada.
Em suma, a CoInfo, segundo Dudziak (2003 p. 8), contempla “um saber agir responsável
e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades,
que agreguem valor direcionado à informação e seu vasto universo”. Portanto, a partir da realidade
social fortemente marcada pelas TDIC, somando-se a isso, a inclusão da competência “cultura
digital” na BNCC suscitou a necessidade da inserção da CoInfo às novas abordagens educacionais
e nos processos formativos dos sujeitos.
4 Contribuições da competência em informação no tocante ao processo
formativo do professor
Apesar de não estar literalmente expressa na BNCC, considera-se aqui que a CoInfo pode
ser utilizada como referencial para a formação de professores, tendo em vista a proposta de
competência “cultura digital” no referido documento. Posto que este ressalta que o ato de pesquisar
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(objeto de estudo da CoInfo) perpassa as atividades de “[...] busca, seleção, validação, tratamento
e organização de informação envolvidas na curadoria de informação, podendo/devendo também
estar presente no tratamento metodológico dos conteúdos” (Brasil 2018 p. 85).
Mesmo estando imersos na cultura digital, docentes e discentes precisam estabelecer e
consolidar novas concepções educacionais voltadas para as ações de informação no contexto
educacional, e a competência “cultura digital” na BNCC evidencia isso. Deve-se ressaltar que o
acesso à informação tem possibilitado mudanças perante a transmissão, e principalmente, a
construção do conhecimento nas escolas de educação básica. Cumpre salientar que a CI tem
apresentado para a Educação a relevância do estudo da informação para sua aplicabilidade na
prática pedagógica, de forma a possibilitar a inclusão da CoInfo na formação docente para
utilização consciente do acesso e uso da informação.
Considera-se importante definir estratégias para inserção, apropriação e adaptação da
CoInfo, visando amenizar as lacunas referentes à competência “cultura digital” existente no
processo formativo docente. Nesta acepção, parte-se do “princípio de que o uso da tecnologia
precisa preparar o próprio professor para viver a experiência de mudanças no ensino que ele
proporcionará a seus alunos” (Alonso et al. 2014 p. 161).
O convergir entre a CoInfo e a competência “cultura digital” pressupõe mecanismo de
integração entre recursos tecnológicos, instrumentalizações técnicas, suportes teórico-conceituais
e pragmáticos, haja vista que o ensino e a aprendizagem têm suas fronteiras modificadas pela
cultura digital, que é ao mesmo tempo a cultura da aprendizagem independente e aberta para todos.
Portanto, a CoInfo demonstra múltiplos aspectos e possibilidades de aplicação para atuação
profissional sob diferentes perspectivas que evidenciem situações interdisciplinares condizentes
com uma sociedade predominantemente digital.
Porquanto, constata-se que o acesso à CoInfo por parte dos docentes requer habilidades
específicas do universo informacional que resultarão na adaptação à cultura digital e à globalização
(Silva Neto e Freire 2015). Dessa forma, leva-se em consideração que a informação para a
Educação irá contribuir para impactar na formação do professor, desenvolvendo competências
profissionais e pedagógicas, resultando no aprimoramento prático para transformar a informação
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em conhecimento, corroborando assim, com um conjunto de atitudes que visem a aprendizagens
colaborativas, por meio das quais a informação é o centro do processo.
Mendonça e Soares (2020) acrescentam que na BNCC as habilidades para a competência
“cultura digital” devem ser desenvolvidas em todos os níveis da educação sica por meio dos
conteúdos abordados, entretanto, “ao serem especificadas as habilidades, em alguns casos
verificamos que as tecnologias digitais tendem a ser utilizadas como ferramentas, reduzindo,
assim, a sua capacidade de potencialização da aprendizagem” (Mendonça e Soares 2020 p. 1029).
Dessa maneira, a CoInfo pode ajudar a romper com a ideia de utilização apenas instrumental dos
recursos tecnológicos na Educação.
Por certo, “a importância da formação continuada, a fim de que o profissional acompanhe
a inovação e o desenvolvimento relacionado à tecnologia é fundamental” (Peixoto 2020 p. 56). E
não somente ao desenvolvimento das tecnologias, mas para as questões que cercam o acesso, a
disseminação e o uso da informação na contemporaneidade, uma vez que na sociedade da
informação, a principal competência do professor é saber utilizar a informação para o
conhecimento no processo de ensino-aprendizagem (Silva Neto 2014).
Diante de tal percepção, as competências envolvem diferentes questões, quanto à CoInfo,
as dimensões ética e política podem ser consideradas importantes no processo formativo do
professor (Aquino et al. 2022).
Em relação à dimensão ética, constitui-se de um conjunto de regras bem específicas a
determinadas condutas, essa perspectiva no contexto da CoInfo preconiza
Praticar o comportamento ético em relação à informação significa ainda utilizá-la
de modo responsável, sob a perspectiva da realização do bem comum. Com efeito,
as mais recentes reflexões sobre competência em informação referem-se ao
componente ético relativo à apropriação e ao uso da informação, o que inclui
questões atuais como propriedade intelectual, direitos autorais, acesso à
informação e preservação da memória do mundo (Vitorino 2020 p. 61).
Ainda de acordo com o referido autor, a CoInfo em sua dimensão política, pode ser
compreendida como um processo crítico com implicações que afetam diretamente o bem-estar da
coletividade.
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[...] a informação é relativamente neutra em termos políticos. Ao sustentar que a
competência em informação deve ser entendida como um processo eminentemente
crítico, de implicações políticas se refere à habilidade que o indivíduo competente
informacional adquire em identificar a natureza da informação, geralmente
organizada de modo a favorecer determinados grupos, e superar as barreiras que
ela impõe, de modo a ser capaz de interferir de maneira significativa na realidade,
visando ao bem-estar da coletividade (Vitorino 2020 p. 65).
Por conseguinte, a CoInfo pode contribuir sob diferentes perspectivas quanto ao processo
formativo do professor, conforme os aspectos elencados na Figura 1.
Figura 1 - Contribuições da competência em informação com relação à formação docente
Fonte: Elaboração dos autores
Na Figura 1, se condensa o resultado da pesquisa, onde é destacada a CoInfo como um
fator impactante para o processo formativo da docência no atual cenário social, contudo, percebe-
se que muitos profissionais da Educação ainda desconhecem a utilização desses aspectos no
processo de ensinar e aprender, tendo em vista que “o ensino acontece numa interligação
simbiótica, profunda, constante entre o mundo físico e o digital” (Moran 2015 p. 16).
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Ademais, a CoInfo abrange diversos letramentos que influenciam a aprendizagem dos
indivíduos para refletir criticamente sobre o ciclo informacional e produzir conteúdo para atuarem
em uma sociedade tecnológica permeada pela informação (Silva et al. 2021). Portanto, “é preciso
agregar também novas habilidades relacionadas à cultura da informação para a construção do
conhecimento, [...] saber utilizar os sistemas de informação, saber identificar a qualidade e a
confiabilidade das fontes consultadas, saber dominar o excesso de informação” (Belluzzo 2007 p.
45).
Logo, a competência “cultura digital” na BNCC estabelece que as práticas pedagógicas
estejam embasadas pelas tecnologias digitais que apresentam uma necessidade de dominar as
dimensões das competências informacionais. Outrossim, a cultura digital tende a contribuir para
que sejam desenvolvidas aulas mais dinâmicas, colaborativas e interativas. Porquanto,
compreender a relevância da CoInfo para o desenvolvimento da competência “cultura digital” da
BNCC é fundamental, para que de forma crítica, os docentes se empoderem das habilidades para
a vivência do mundo conectado (Mendonça e Soares, 2020).
Diante do exposto, o processo formativo de professores precisa passar por discussões
concernentes ao novo contexto digital, no qual a inclusão da CoInfo é parte integrante do
desenvolvimento da competência “cultura digital”. Conquanto, há um longo caminho a percorrer,
para que isso seja consolidado nas práticas de ensino-aprendizagem nas escolas de educação
básica. Portanto, a formação docente e a CoInfo deverão constituir um movimento contínuo de
integração e internalização de embasamentos teórico-práticos que promovam o entendimento da
informação para a geração de novos conhecimentos (Belluzzo 2007).
5 Considerações finais
A CI com o seu viés interdisciplinar tem desenvolvido diferentes pesquisas entre as áreas
do conhecimento, como é o caso da Educação. A partir do objetivo deste estudo que foi
compreender de que modo a CoInfo pode contribuir para o processo formativo do professor no
tocante à competência “cultura digital” abordada na BNCC. Considera-se, portanto, que o referido
objetivo foi atingido, à medida que se conseguiu comprovar por meio do levantamento da revisão
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BEZERRA, Fabio Araújo; VERAS, Jefferson Nunes; SILVA, Andréa Soares Rocha. CULTURA DIGITAL NA
BNCC: necessidade da competência em informação para o processo formativo do professor. Brazilian Journal
of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023, e023001. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023001
bibliográfica que a Coinfo é um elemento importante para a formação de professores, sobretudo
com advento da cultura digital em que o papel e o perfil do professor vem se modificando em
diferentes aspectos, concernentes à atuação como mediador e facilitador do aprendizado.
Nessa configuração, o docente é usuário e mediador da informação para construção do
conhecimento em rede, devendo promover o compartilhamento de saberes e vivências da cultura
digital nas escolas. Assim, a CoInfo possibilita a mediação da tecnologia nas práticas pedagógicas,
interligando diferentes enfoques metodológicos de forma crítica e inovadora de acordo com os
princípios de uma educação de qualidade, democrática, formadora e protagonista. Com isso,
facilita a busca, o acesso e o uso da informação, competências essenciais para o sujeito na
atualidade. Conclui-se, então, que a CoInfo na formação docente é um fator determinante para
inovar o trabalho didático-pedagógico no contexto da cultura digital.
Porquanto, em um mundo cada vez mais conectado, surgem novas demandas para mediar
a informação e o conhecimento. Logo, o desenvolvimento da CoInfo é uma prática didática
necessária à sociedade contemporânea. Diante do exposto, depreende-se que a CoInfo traz
importantes contribuições para o processo formativo do professor no tocante à competência
“cultura digital” expressa na BNCC, entre elas: a integração do domínio tecnológico a prática
docente para a mediação do conhecimento em rede, para assim, transformar a informação em
conhecimento.
Além disso, fomentar novas práticas interdisciplinares no trabalho didático-pedagógico,
contextualizando de forma crítica o conteúdo programático ao ambiente digital, no sentido de
garantir a própria vivência da cultura digital no processo de ensino e de aprendizagem. Nesse
sentido, os professores precisam saber lidar com a informação em diferentes suportes, e isso exige
que este profissional seja um pesquisador e tenha compreensão acerca das dimensões éticas e
políticas ao tratar a informação para o ato de aprender.
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BEZERRA, Fabio Araújo; VERAS, Jefferson Nunes; SILVA, Andréa Soares Rocha. CULTURA DIGITAL NA
BNCC: necessidade da competência em informação para o processo formativo do professor. Brazilian Journal
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Received: 20/03/2022 Accepted: 20/12/2023