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MAIA, Francisca Clotilde de Andrade; BATISTA, Andreza Pereira; FARIAS, Maria Giovanna Guedes; FARIAS,
Gabriela Belmont de. Contribuição de Grupos de Pesquisa em Ciência da Informação para a Formação
Acadêmica. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
e023023. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023023
▪ O conceito de grupo admite aquele composto de apenas um pesquisador
e seus estudantes.
Entende-se, assim, que os membros de GPs compartilham conhecimentos especializados,
envolvendo-se com as atividades de pesquisa e subdividindo-se em campos do conhecimento e
linhas de pesquisa responsáveis por agrupar estudiosos de temáticas em comum. O destaque no
campo científico traz consigo a concepção do aporte aos membros do grupo, o que potencializa,
sobremaneira, para bons resultados de estudos a partir da sinergia dos envolvidos.
Ao apontar que um grupo admite apenas o pesquisador e seus estudantes, há uma alusão
ao diálogo com discentes mais incipientes na pesquisa, o que corrobora para o entendimento da
participação destes nas atividades científicas dentro dos grupos. Mesmo quando lida-se com
estudantes de mestrado e doutorado, frequentemente vinculados à construção de pesquisas, os GPs
trazem consigo a capacidade de interlocução e de aprimoramentos, visto que a posição hierárquica
dos membros diz respeito às experiências, renome e liderança no campo. Um grupo de pesquisa é
composto, conforme Santana et al. (2014 p. 235), por:
[...] um corpo de pesquisadores (geralmente docentes mestres ou doutores),
discentes (de graduação, especialização, mestrado ou doutorado) e de pessoal de
apoio técnico, que se organizam para explorar linhas de pesquisa segundo uma
regra hierárquica fundamentada na experiência e na competência técnico
científica.
Apesar da hierarquia de formação e experiência existente entre os participantes, como
apontado pelos autores, reitera-se a importância de manter uma relação dialógica pautada na
horizontalidade, de modo que os membros com mais vivências e “bagagens acadêmicas” devem
atuar como mediadores do processo de aprendizagem e do desenvolvimento da autonomia dos
membros estudantes, conforme Souza e Chapani (2019).
Além disso, a heterogeneidade entre os membros é um fator relevante, pois Oliveira (2011
p. 185) reitera que o grupo de pesquisa “[...] constitui um intercâmbio que possibilita o
reconhecimento de si e do outro. No momento em que interagimos com diferentes pessoas,
conhecemos outros pontos de vista e, possivelmente, (res)significamos saberes e representações”.
Para a autora, a vida acadêmica é, por muitas vezes, focada em experiências individuais e
competitivas, de modo que as vivências coletivas e de produção partilhadas são, constantemente,