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ZANON, Juliano; BEDIN, Jéssica; SENA, Priscila Machado Borges. Ações das bibliotecas universitárias de Santa
Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: research trends,
vol.17, publicação contínua 2023, e023011. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023011.
Ações das bibliotecas universirias de Santa Catarina
para o combate à desinformação
Actions by university libraries in Santa Catarina to combat misinformation
Juliano Zanon (1), Jéssica Bedin (2), Priscila Machado Borges Sena (3)
(1) Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Brasil,
julianozanon@unochapeco.edu.br.
(2) jessicabedin@unochapeco.edu.br,
(3) Universidade Federal de São Carlos, Brasil, priscilasena.pesquisa@gmail.com
Resumo
A pesquisa apresentada teve como objetivo verificar ações de combate à desinformação desenvolvidas
nas bibliotecas universitárias de Santa Catarina pertencentes às instituições vinculadas à Associação
Catarinense das Fundações Educacionais (ACAFE). Além disso, conceitua-se desinformação e
identifica-se a presença em ambientes digitais das bibliotecas estudadas. São abordados os conceitos de
informação, desinformação, fake news e pós-verdade. A pesquisa é de natureza descritiva, tendo como
procedimentos metodológicos o levantamento documental e o uso de abordagem qualiquantitativa na
análise dos dados coletados em sites e mídias sociais de 16 (dezesseis) bibliotecas do sistema ACAFE.
Ao analisar duas categorias centrais da investigação: presença das bibliotecas em sites e mídias sociais,
e ações de combate à desinformação desenvolvidas, os principais resultados indicam que existe,
majoritariamente, uma atuação das bibliotecas em espaços virtuais, porém apenas uma pequena parcela
delas desenvolve ações de combate à desinformação. Os dados permitem concluir que a missão das
bibliotecas universitárias na mediação da informação deve ser fortalecida e incentivada, para que elas
possam atuar principalmente no combate à desinformação e ocupar os espaços virtuais para melhor
atender às demandas dos usuários.
Keywords: Desinformação; Mediação informacional; Bibliotecas universitárias; Bibliotecário.
Abstract
The presented research aimed to verify actions to combat misinformation developed in university
libraries in Santa Catarina belonging to institutions linked to the Catarinense Association of Educational
Foundations (ACAFE). Furthermore, it is conceptualized misinformation and its presence in digital
environments of the libraries studied is identified. The concepts of information, disinformation, fake
news, and post-truth are approached. The research is of a basic and descriptive nature, having as
methodological procedures the documental survey and the use of a qualitative approach in the analysis
of the data collected from sites and social medias of 16 (sixteen) libraries of the ACAFE system. By
analyzing two central categories of the research: the presence of libraries on websites and social
networks, and actions taken to combat misinformation, the main results indicate that most libraries are
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Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: research trends,
vol.17, publicação contínua 2023, e023011. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023011.
active in virtual spaces, but only a small portion of them take actions to combat misinformation. The
data allow us to conclude that the mission of university libraries in the mediation of information must
be strengthened and encouraged so that they may act mainly in combating misinformation and occupy
virtual spaces to better meet the demands of users.
Keywords: Disinformation; Information mediation; University libraries; Librarian.
1 Introdução
Vive-se em uma sociedade informacional caracterizada pela grande quantidade de
informações disponíveis em meios digitais, disseminadas por crescentes meios de
comunicações cada vez mais tecnológicos e acessíveis. No entanto, os avanços tecnológicos e
a democratização dos meios digitais também permitiram a circulação de informações
distorcidas, incompletas, manipuladas e falsas, levando à necessidade de realizar-se estudos
sobre desinformação, fake news e pós-verdade. Como define Brito (2015 p. 51), “desinformação
consiste fundamentalmente em informações falsas, distorcidas ou enganosas [...]. Pode ser
traduzida, portanto, como o uso de mentiras com o propósito de iludir ou falsear”.
Como um relevante equipamento de combate à desinformação, as bibliotecas
universitárias são unidades de informação com importância significativa para toda sociedade,
pois têm a missão de orientar e educar, apoiando o ensino, a pesquisa e a extensão, cumprindo
com os objetivos propostos pelas instituições a que estão vinculadas. De acordo com Silva
(2006), as bibliotecas universitárias realizam a mediação entre a informação e o usuário,
facilitando o acesso, recuperação e transferência da informação para toda comunidade
universitária, bem como proporcionam auxílio no desenvolvimento científico, tecnológico e
cultural, além de fornecer infraestrutura bibliográfica, documentária e informacional para as
atividades das universidades, na efetivação dos objetivos das instituições a que estão ligadas.
As bibliotecas universitárias são, portanto, locais de conscientização e formação de
acadêmicos e da comunidade por elas abrangidas, e não apenas como agente de custódia e
guarda de materiais, mas também cabendo a elas a missão de identificar e disseminar
informações e conhecimentos, e combater a desinformação, por meio da mediação
informacional. Nesse cenário de enorme contingente de desinformação sendo produzida e
compartilhada entre a comunidade acadêmica e aquelas conectadas a ela, percebe-se a
necessidade de responder à questão: Como as bibliotecas universitárias vem atuando no
combate à desinformação?
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A fim de responder ao questionamento anterior, estabeleceu-se como objetivo geral,
verificar ações de combate à desinformação desenvolvidas nas bibliotecas universitárias de
Santa Catarina, a partir da identificação da presença em meio digital das bibliotecas
universitárias de Santa Catarina e; listagem das ações de combate à desinformação
desenvolvidas pelas bibliotecas universitárias do Estado.
Posto isso, a pesquisa torna-se relevante ao analisar o contexto das bibliotecas
universitárias de Santa Catarina e sua tarefa de preparar profissionais atentos ao contexto
informacional no qual atuam e nas consequências negativas da desinformação no
desenvolvimento da pós-verdade e no poder destrutivo que podem desencadear socialmente,
afetando diversos setores da sociedade. A escolha por Santa Catarina se justifica pela atuação
dos autores no Estado e pelo interesse em contribuir com o desenvolvimento da
Biblioteconomia catarinense.
2 Referencial teórico
Para analisar os dados coletados com vistas na concretização do objetivo estabelecido
para esta pesquisa, discorre-se nesta seção sobre desinformação, e bibliotecas universitárias e a
mediação informacional.
2.1 Desinformação
A temática da desinformação vem sendo estudada e debatida não apenas pelos
profissionais da Ciência da Informação, a grande área do conhecimento que contempla a
Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia, mas também por jornalistas, juristas, filósofos
etc., gerando diversos conceitos e reflexões sobre o tema.
Estudar e pesquisar este tema é importante, pois como afirma Zattar (2017),
cotidianamente as pessoas precisam recorrer às fontes de informações, seja no trabalho, estudos
ou vida particular, não sendo apenas uma questão de ter disponível o acesso à informação, mas
da informação se apresentar com qualidade, pertinência e fidedignidade nos diversos contextos.
No entanto, o que se observa é uma bolha informacional com desinformações e notícias falsas.
Diversos autores de várias áreas do conhecimento abordam a temática da informação,
gerando uma pluralidade de conceituações pertinentes sobre o tema. Para fins desta
investigação, utilizou-se aqui o conceito de informação de Barreto (1994 p. 2), que afirma ser
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informação “uma estrutura significante com a competência de gerar conhecimento para o
indivíduo e seu grupo”. De acordo com Lancaster (1989 p. 1), “[...] é extremamente difícil
definir informação, e até mesmo obter consenso sobre como deveria ser definida. O fato é,
naturalmente, que informação significa coisas diferentes para pessoas diferentes”.
Demo aponta (2000) que existem inúmeras tentativas de conceituação de desinformação
entendidas como sendo o contrário do ato de informar, pois não atendem o requisito de
veracidade. O autor ainda enfatiza ser primordial a criticidade diante das etapas de controle
informacional, sendo da natureza comunicacional humana a desinformação, pois temos
limitações sensoriais e as utilizamos segundo nossos interesses. Nesse sentido, Salino (2016 p.
53) conceitua o que é desinformação do seguinte modo:
Desinformação é o ato ou efeito de desinformar, isto é, deixar de informar ou
informar erroneamente; falta de informação, informação desvirtuada, fazer com
que algo perca suas propriedades originais com o propósito de enganar. Assim,
as informações podem ser classificadas como imprecisas, enganosas, falsas ou
erradas, o que de forma negativa pode chamar de desinformação.
Na busca por conceituações de desinformação, Pinheiro e Brito (2014) descreveram três
possibilidades: ausência de informação (estado de ignorância e precariedade informacional,
ausência de cultura e de competência informacional, desprovendo-se de informações
adequadas); informação manipulada (processos de alienação da população para manter projetos
de dominação política, ideológica e cultural); e engano proposital (ação proposital para enganar
alguém).
A Comissão Europeia desenvolveu um relatório intitulado, Combater a desinformação
em linha: uma estratégia europeia, por meio do qual:
A desinformação é entendida como informação comprovadamente falsa ou
enganadora que é criada, apresentada e divulgada para obter vantagens
econômicas ou para enganar deliberadamente o público, e que é suscetível de
causar um prejuízo público. O prejuízo público abrange ameaças aos processos
políticos democráticos e aos processos de elaboração de políticas, bem como a
bens públicos, tais como a proteção da saúde dos cidadãos da UE, o ambiente
ou a segurança. A desinformação não abrange erros na comunicação de
informações, sátiras, paródias ou notícias e comentários claramente
identificados como partidários (Comissão Europeia 2018 p. 4).
Os autores Recuero e Soares (2021 p. 6) afirmam que “[...] desinformação é uma
informação falsa propositalmente fabricada ou manipulada para enganar um grande público
para causar dano a algo ou alguém [...]”. Eles oferecem uma classificação dos tipos de
desinformação considerando se a informação sofreu ou não intervenções:
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(1) Informação fabricada Informação completamente falsa, fabricada ou sem
nenhuma evidência como, por exemplo, teorias da conspiração. (2) Informação
com enquadramento enganoso Informações verdadeiras utilizadas para criar
um sentido falso devido à forma como são apresentadas e aos tipos de conexões
que são realizadas a partir delas. Por exemplo, na classificação de Wardle e
Derakshan (2017): falsa conexão, falso contexto, conteúdo enganoso. (3)
Informações manipuladas Informações parcialmente verdadeiras
manipuladas para construir um falso sentido. Por exemplo, imagens verdadeiras
manipuladas de modo a acrescentar ou retirar uma informação essencial.
(Recuero e Soares 2021 p. 7)
Seguindo o pensamento anterior sobre a intencionalidade de enganar para obter
vantagens ou resultados específicos, Coutant (2020) afirma:
[...] desinformação, uma técnica de manipulação da opinião pública no intuito
de divulgar informações falsas; verdadeiras, mas truncadas; ou verdadeiras,
mas com adição de complementos cujo objetivo é passar uma imagem errada
da realidade para fins políticos, militares e econômicos. (Coutant 2020 p.20)
A propagação das notícias falsas e suas repercussões evidenciaram expressões como
“pós-verdade”, “desinformação” e fake news”. A propagação de desinformações e suas
repercussões, evidenciaram o termo pós-verdade, que, conforme, apontam Corrêa e Custódio
(2018 p. 199), “dirige-se aos eventos em que a opinião pública e os comportamentos o
orientados mais pelos apelos emocionais, falaciosos ou subjetivos, afirmados pelas suas
convicções pessoais, do que em fatos verídicos e atestados”.
A pós-verdade está relacionada ao indivíduo que opta por disseminar informações não
se guiando pelo senso crítico, buscando apenas satisfazer um desejo emocional ou crença
pessoal. As sociedades em que o fenômeno da pós-verdade está inserido, são espaços nos quais
as desinformações podem manipular e persuadir os indivíduos, como relatam as autoras Tobias
e Côrrea (2019):
Quando as pessoas estão convictas de que algo realmente é verdade e
deparam-se com alguma notícia (verídica ou falsa) que reafirma sua ideologia,
é mais fácil envolver-se com tal postagem e replicá-la, que lhe traz certa
segurança emocional compartilhar algo que acreditam ser verídico. Isso pode
estar relacionado à formação de bolhas sociais, que agregam pessoas e grupos
com opiniões semelhantes, crenças e ideologias parecidas. Muito comuns nos
ambientes de mídias sociais, influenciam em processos efetivos de assimilação
de conhecimento (Tobias e Côrrea 2019 p. 572)
Importante destacar a existência de diversas críticas ao termo fake news, dentre elas a
dos pesquisadores Wardle e Derakhshan na sinopse do Módulo 2, do Manual de Educação e
Capacitação em Jornalismo, publicado pela Unesco, em 2018, que diz:
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Infelizmente o termo é inerentemente vulnerável a ser politizado e usado como
uma arma contra a indústria de notícias, como uma maneira de enfraquecer os
relatórios que as pessoas no poder não gostam. Em vez disso, recomenda-se
usar os termos informação incorreta e desinformação (Wardle e Derakhshan,
2017 p.47)
Muito embora existam diversas correntes da filosofia e da comunicação que buscam
definir o fenômeno da desinformação, ora afirmando ser uma informação que desinforma, ora
afirmando nem se tratar de uma informação, por não atender ao requisito da veracidade, esse é
um campo de estudo e pesquisa a ser explorado, por sua complexidade e multidisciplinaridade,
pois afeta todos os setores sociais e governamentais.
Esta pesquisa não tem como objetivo aprofundar-se nas discussões existentes a respeito
das terminologias e classificações, optou-se por utilizar a expressão “desinformação” e o
conceito proposto e descrito anteriormente por Recuero e Soares (2021), pois descreve a
desinformação como um fenômeno mais amplo que contempla termos diversos e ainda sem
consenso entre os pesquisadores (notícias falsas, boatos, sátiras etc.), e o próprio fenômeno da
desinformação.
Diversas áreas do conhecimento são afetadas negativamente pelas desinformações,
sobretudo no aspecto da credibilidade e capacidade de superação, como é o caso do jornalismo.
Por isso, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)
publicou, em 2018, o manual de recomendações aos jornalistas a respeito das fake news, escrito
por Ireton e Posetti, em 2018.
Como apontado pela Revista de Olho na CI (2018), especializada em Pesquisa em
Ciência da Informação e Biblioteconomia:
Escrito por especialistas na luta contra a desinformação, este manual explora a
natureza do jornalismo com módulos sobre por que a confiança é importante;
pensar criticamente sobre como a tecnologia digital e as plataformas sociais são
canais do distúrbio da informação; lutando contra a desinformação e a
desinformação através da alfabetização midiática e informacional; verificação
de fatos; verificação de mídia social e combate ao abuso online.
Ao voltar atenção para o Campo da Biblioteconomia e Ciência da Informação, cita-se a
iniciativa da Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA) em
desenvolver a Declaração IFLA sobre notícias falsas de 2018, e o infográfico (Figura 1) sobre
como identificar notícias falsas.
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Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: research trends,
vol.17, publicação contínua 2023, e023011. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023011.
Figura 1 Como identificar notícias falsas (IFLA)
Fonte: IFLA (2018).
Essas iniciativas demonstram a preocupação e apresentam orientações desenvolvidas
pela Biblioteconomia para que os profissionais estejam preparados para o combate ao fenômeno
da desinformação e seus efeitos nocivos à sociedade. Nesse sentido, as bibliotecas universitárias
têm a missão de mediar e nortear os usuários e os futuros profissionais para o enfrentamento
deste fenômeno.
2.2 Bibliotecas universitárias e a mediação informacional
O uso e aperfeiçoamento de tecnologias de comunicação e informação caracterizam
algumas das transformações estruturais de nossa sociedade. Com isso, os estudos e pesquisas
da CI vem se adaptando ao longo dos tempos e tentando acompanhar novos paradigmas,
consequentemente as bibliotecas universitárias estão inseridas nessa busca por adequação e
utilidade.
A biblioteca universitária (BU) age mediando a informação e o usuário, oferecendo
serviços que facilitem o acesso à informação, como técnicas de pesquisa e bases de dados,
explorando recursos tecnológicos e capacitando os usuários, conforme apontam Sala et al (2020
p. 12):
A BU tem como principal atribuição oferecer serviços de informação para
apoiar as atividades de ensino, pesquisa e extensão, que o os pilares
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sustentadores e que caracterizam a Universidade como instituição. A principal
vitrine da BU são esses serviços, que podem contribuir na formação de seus
usuários, em busca do conhecimento.
Levando em conta o contexto das bibliotecas universitárias e sua missão incentivadora
na construção do conhecimento, Gomes e Santos (2012) afirmam que as BU’s:
[...] devem estar atentas para a necessidade de realizar constantemente o
processo de comunicação com seus usuários, de modo que possam “falar” a
eles sobre o que se pôde conhecer a respeito de seus temas, o que foi publicado,
o que existe em seus acervos e o que vem sendo pesquisado a respeito. Enfim,
essas bibliotecas devem exercer a comunicação que visibilidade ao
conhecimento produzido, para que a partir disso se realize o acesso e o uso da
informação que registra esse conhecimento (Gomes e Santos 2012 p. 3)
Entendendo que a desinformação cria e potencializa desigualdades, provoca alienação
social, enfraquece a democracia e as garantias constitucionais, estando acessível e disseminada,
sobretudo nas mídias sociais, a biblioteca universitária e por consequência, profissionais da
Biblioteconomia, são fundamentais para o enfrentamento dessa problemática, como escreve
Heller (2021):
As bibliotecas universitárias são espaços que potencializam o acesso à
informação, disponibilizando-a e fazendo com que o bibliotecário atue
enquanto mediador entre sujeitos e informação. Podem ser consideradas como
um caminho para a democratização do acesso à informação (Heller 2021 p.
159).
A autora afirma serem os bibliotecários, possíveis agentes no combate à desinformação,
mediando o processo de educação para informação. “O bibliotecário é um dos profissionais
responsáveis pelo processo de apropriação da informação, assim como as bibliotecas
universitárias estão entre as tipologias de biblioteca mais aproximadas como meio para essa
função educadora” (Heller 2021 p. 159).
Pode-se compreender que a atividade do(a) bibliotecário(a) é possibilitar o acesso à
informação mais oportuna e objetiva possível, auxiliando as pessoas na busca de informação e,
consequentemente, na construção do conhecimento.
Almeida Júnior (2015) conceitua mediação da informação objetivamente, apresentando
um conceito nítido sobre a temática do seguinte modo:
Toda ação de interferência realizada em um processo, por um profissional da
informação e na ambiência de equipamentos informacionais direta ou
indireta; consciente ou inconsciente; singular ou plural; individual ou coletiva;
visando a apropriação da informação que satisfaça, parcialmente e de maneira
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momentânea, uma necessidade informacional, gerando conflitos e novas
necessidades informacionais. (Almeida Júnior 2015 p. 6).
Ao profissional bibliotecário e à biblioteca é imprescindível compreender sua
importância enquanto mediador informacional, “[...] contribuindo para que seus usuários se
tornem responsivos quanto ao uso das informações, em linhas gerais: saber acessar e usar a
informação de forma ética e inteligente. (Brito e Vitorino 2017 p. 19). Uma missão desafiadora
e de grande relevância na missão de formar profissionais conscientes e críticos, assim escreve
Almeida (2020):
Considera-se, que as bibliotecas universitárias devem ser encaradas como
equipamentos de transformação social, por meio de disponibilização de
recursos humanos, estruturais e tecnológicos, pois, isso se constitui como
basilar para o fomento da autonomia das pessoas em buscar, avaliar e utilizar
fontes de informação confiáveis, bem como instaurar a criticidade individual
para enfraquecer as bolhas informacionais. (Almeida 2020 p.15)
As bibliotecas universitárias são, portanto, locais de conscientização e formação de
acadêmicos e da comunidade por elas abrangidas, e não apenas como agente de custódia e
guarda de materiais, mas também cabendo a elas a missão de identificar e disseminar
informações e conhecimentos, e combater a desinformação, por meio da mediação
informacional.
3 Procedimentos metodológicos
Trata-se de uma pesquisa de cunho exploratório descritivo, com levantamento
documental e uso de abordagem qualiquantitativa, com foco de investigação em bibliotecas
universitárias de Santa Catarina. Para estabelecer o recorte das instituições de Santa Catarina
utilizou-se as instituições de ensino superior vinculadas à Associação Catarinense das
Fundações Educacionais (Acafe). A Acafe (2023 s.n) foi criada em 1974 e tem como missão
“desenvolver o ensino, ciência, tecnologia e inovação pelo compartilhamento de ões e
competências para assegurar o fortalecimento das IES associadas em prol da educação superior
em Santa Catarina”.
Para identificar a presença em ambientes digitais das bibliotecas universitárias de Santa
Catarina, selecionou-se instituições pertencentes à Acafe, indicadas no Quadro 1.
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Quadro 1 - Universidades da Associação Catarinense das Fundações Educacionais
Universidade
Site
Católica de Santa Catarina
http://www.catolicasc.org.br/jaragu
a-do-sul/#selecionarPolo
Universidade Regional de Blumenau
http://www.furb.br/web/10/portugu
es
Universidade do Estado de Santa Catarina
https://www.udesc.br/
Universidade do Contestado
https://www.unc.br/
Universidade do Extremo Sul Catarinense
http://www.unesc.net/portal/
Universidade Alto Vale do Rio do Peixe
https://www.uniarp.edu.br/
Centro Universitário Barriga Verde
https://unibave.net/
Centro Universitário para o Desenvolvimento do
Alto Vale do Itajaí
https://www.unidavi.edu.br/
Centro Universitário de Brusque
https://www.unifebe.edu.br/site
Universidade do Planalto Catarinense
https://www.uniplaclages.edu.br/#/
Universidade do Sul de Santa Catarina
http://www.unisul.br/
Universidade do Vale do Itajaí
https://www.univali.br/
Universidade da Região de Joinville
https://www.univille.edu.br/
Universidade Comunitária da Região de Chapecó
https://www.unochapeco.edu.br/
Universidade do Oeste de Santa Catarina
https://www.unoesc.edu.br/
Centro Universitário Municipal de São José
https://usj.edu.br/
Fonte: Sistema Acafe (2018).
Após identificadas as 16 (dezesseis) instituições, objetos desta pesquisa, procurou-se
localizar o espaço virtual conferido às bibliotecas em seus sites institucionais e mídias sociais
(Instagram, Facebook e Twitter).
Para realizar o levantamento das publicações e ações das bibliotecas no combate à
desinformação, considerou-se ações de diferentes formatos, como publicações, textos, notícias,
palestras, vídeos, manuais, campanhas, reuniões, posts etc, que versem sobre a importância de
olhar com criticidade para as informações, considerando a fonte e sua autoria; critérios de
confiabilidade; a data de publicação; tratar-se ou não de publicação humorística ou
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preconceituosa; e a necessidade de consultar especialistas, como bibliotecários e sites de
verificação de notícias. Além de ações que prezam pelas práticas éticas no compartilhamento e
criação de conteúdo informacional.
Dentro dos espaços virtuais das bibliotecas (sites e mídias sociais), no campo de busca,
fez-se a pesquisa utilizando os seguintes termos: desinformação, fake news, notícias falsas,
boatos e como identificar notícias falsas. A coleta de dados das ações de combate à
desinformação nas bibliotecas universitárias analisadas, ocorreu de julho a dezembro de 2020.
Não houve limitação do tempo, todas as ações localizadas nos sites e mídias sociais foram
consideradas.
4 Análise dos resultados
Nesta seção são apresentados os dados coletados, a fim de responder ao questionamento
da pesquisa: Como as bibliotecas universitárias vem atuando no combate à desinformação?
Desse modo, expõe-se a presença digital das bibliotecas universitárias e as ações de combate à
desinformação.
4.1 Presença digital das bibliotecas universitárias
Os resultados apresentados nesta subseção sinalizam a presença em ambientes digitais
das bibliotecas universitárias de Santa Catarina, identificando quais canais as bibliotecas
possuem. Com referência às mídias sociais, o Gráfico 1 constata que o Facebook é a plataforma
mais utilizada por instituições bibliotecárias, sendo nove (56,25%). A rede social Instagram
apareceu em sete registros (43,75%) e por último o Twitter figura com apenas duas ocorrências
(12,5%).
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Gráfico 1 - Presença digital das bibliotecas
Fonte: dados da pesquisa (2020).
No Quadro 2 são expostas as instituições que possuem espaço dedicado à biblioteca em
site, Facebook, Instagram e Twitter. Da totalidade das dezesseis (16) unidades de informação
que compõem o corpus da pesquisa, todas tem espaços em sites, embora algumas possuam
apenas informações básicas de consultas ao catálogo, telefones e endereços eletrônicos, como
é o caso do Centro Universitário de Brusque (Unifebe).
Já outras, têm espaços mais atuantes com notícias e compartilhamentos de atividades e
serviços, atendimento virtual, capacitações, agenda etc., o que permite mais possibilidades de
divulgação e acessibilidade, como, por exemplo, a Universidade do Estado de Santa Catarina
(UDESC) e Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó).
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Universidade
Site
Facebook
Instagram
Twitter
Católica de Santa Catarina
https://bibliocatolicasc.wordpress.com/
-
-
-
Universidade Regional de
Blumenau
http://www.furb.br/web/4564/servicos/bibliote
ca/biblioteca-on-line
https://www.facebook.com/bufurb
https://www.instagram.com/
bibliotecafurb/?hl=pt-br
-
Universidade do Estado de Santa
Catarina
https://www.udesc.br/bibliotecacentral
https://www.facebook.com/bu.udes
c
https://www.instagram.com/
bu.udesc/?hl=pt-br
https://twitter.com/udesc_bc
Universidade do Contestado
https://www.unc.br/biblioteca/biblioteca_desc
ricao
-
-
-
Universidade do Extremo Sul
Catarinense
http://www.unesc.net/portal/capa/index/533/9
234
https://www.facebook.com/bibliote
caunescoficial
https://www.instagram.com/
bibliotecaunescoficial/?hl=pt
-br
-
Universidade Alto Vale do Rio do
Peixe
http://extranet.uniarp.edu.br/biblioteca/default.
aspx
-
-
-
Centro Universitário Barriga Verde
https://unibave.net/biblioteca/
-
-
-
Centro Universitário para o
Desenvolvimento do Alto Vale do
Itajaí
https://www.unidavi.edu.br/biblioteca
-
-
-
Centro Universitário de Brusque
https://www.unifebe.edu.br/site/biblioteca/
-
-
-
Universidade do Planalto
Catarinense
http://ww2.uniplaclages.edu.br/bibliotecadigit
al/
https://www.facebook.com/Bibliote
ca-Uniplac-404686033029186/
-
-
Universidade do Sul de Santa
Catarina
http://www.unisul.br/biblioteca/
https://www.facebook.com/bibliote
cauniversitariaunisul/
https://www.instagram.com/
bibliotecaunisul/?hl=pt-br
https://twitter.com/bibliorefp
b
Universidade do Vale do Itajaí
https://www.univali.br/vida-no-
campus/biblioteca/Paginas/default.aspx
https://www.facebook.com/Sistema
-Integrado-de-Bibliotecas-da-
Univali-Sibiun-111695663601609/
-
-
14
ZANON, Juliano; BEDIN, Jéssica; SENA, Priscila Machado Borges. Ações das bibliotecas universitárias de Santa Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal
of Information Science: research trends, vol.17, publicação contínua 2023, e023011. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023011.
Universidade da Região de
Joinville
https://www.univille.edu.br/pt-BR/a-
univille/proreitorias/proen/setores/bu/bibliotec
a/597195
https://www.facebook.com/bibliote
cauniville
https://www.instagram.com/
bibliotecauniville/?hl=pt-br
-
Universidade Comunitária da
Região de Chapecó
https://www.unochapeco.edu.br/biblioteca
https://www.facebook.com/bibliote
cadaunochapeco/
https://www.instagram.com/
bibliotecaunochapeco/?hl=pt
-br
-
Universidade do Oeste de Santa
Catarina
https://www.unoesc.edu.br/biblioteca
https://www.facebook.com/bibliote
caunoesc/
https://www.instagram.com/
bibliotecaunoesc/?hl=pt-br
-
Centro Universitário Municipal de
São José
https://usj.edu.br/Observatorio/BIBLIOTECA.
html
-
-
-
Fonte: dados da pesquisa (2020).
16
ZANON, Juliano; BEDIN, Jéssica; SENA, Priscila Machado Borges. Ações das bibliotecas universitárias de Santa
Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: Research trends,
vol.x, publicação continua 20xx, elocation. Doi 10.36311/1981-1640.xxxxxxxxxxx
É pertinente considerar que acesso às bibliotecas universitárias também envolve a
ocupação dos espaços virtuais pelas instituições, sobretudo quando o público é composto
majoritariamente por usuários destas tecnologias digitais e interagem nesses ambientes com
maior facilidade e agilidade, sendo isso essencial para um melhor desempenho em seus
serviços e resultados satisfatórios, embora os dados apresentados apontem para uma tímida
apropriação desses recursos. Na próxima subseção são apresentadas as ações de combate à
desinformação encontradas nos sites e mídias sociais das bibliotecas universitárias da ACAFE.
4.2 Ações de combate à desinformação
Ao compreender que as ações desenvolvidas pelas bibliotecas universitárias podem
contribuir no combate à desinformação, junto comunidade acadêmica, no Quadro 3 é possível
visualizar as instituições em que foram encontradas as ações de combate à desinformação, bem
como o total de ações, somando um total de 23.
Quadro 3 - Ações desenvolvidas pelas bibliotecas universitárias da ACAFE
Universidade
Ações Desenvolvidas
Católica de Santa Catarina
não foi encontrada
Universidade Regional de Blumenau
não foi encontrada
Universidade do Estado de Santa
Catarina
https://www.facebook.com/bu.udesc/photos/a.686097801400346/310
1348489875253
https://www.facebook.com/bu.udesc/photos/a.686097801400346/310
5979026078866
https://www.facebook.com/bu.udesc/photos/a.686097801400346/310
3461772997258
https://www.facebook.com/bu.udesc/posts/1505703966106388
https://www.instagram.com/p/B-MpH5AAnRi/
https://www.instagram.com/p/B-KAu5QAllR/
https://www.instagram.com/p/B-HyJGQA83n/
Universidade do Contestado
não foi encontrada
Universidade do Extremo Sul
Catarinense
não foi encontrada
Universidade Alto Vale do Rio do Peixe
não foi encontrada
Centro Universitário Barriga Verde
não foi encontrada
17
ZANON, Juliano; BEDIN, Jéssica; SENA, Priscila Machado Borges. Ações das bibliotecas universitárias de Santa
Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: Research trends,
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Centro Universitário para o
Desenvolvimento do Alto Vale do Itaj
não foi encontrada
Centro Universitário de Brusque
não foi encontrada
Universidade do Planalto Catarinense
não foi encontrada
Universidade do Sul de Santa Catarina
https://www.facebook.com/bibliotecauniversitariaunisul/posts/12561
77107798214
https://www.facebook.com/bibliotecauniversitariaunisul/posts/18959
65490486036
https://www.facebook.com/bibliotecauniversitariaunisul/posts/16451
73235565264
https://www.facebook.com/bibliotecauniversitariaunisul/posts/17312
55440290376
https://www.facebook.com/bibliotecauniversitariaunisul/posts/21710
24269646822
https://www.facebook.com/bibliotecauniversitariaunisul/posts/18173
56118346974
https://www.facebook.com/bibliotecauniversitariaunisul/posts/23969
92290383351
https://www.facebook.com/bibliotecauniversitariaunisul/posts/11212
91474620112
https://www.facebook.com/bibliotecauniversitariaunisul/posts/16057
45059508082
Universidade do Vale do Itajaí
não foi encontrada
Universidade da Região de Joinville
https://www.facebook.com/bibliotecauniville/posts/29731188160709
81
https://www.facebook.com/bibliotecauniville/posts/24252868241875
19
https://www.facebook.com/bibliotecauniville/posts/32436106056884
66
https://www.facebook.com/bibliotecauniville/posts/21230147244147
32
https://www.instagram.com/p/CBES2hrB8yI/
https://www.instagram.com/p/CE7j1VBB790/
Universidade Comunitária da Região de
Chapecó
https://www.facebook.com/bibliotecadaunochapeco/photos/a.183157
6107059974/1831574487060136
Universidade do Oeste de Santa
Catarina
não foi encontrada
Centro Universitário Municipal de São
José
não foi encontrada
Fonte: dados da pesquisa (2020)
Ao promover ações junto à comunidade acadêmica, a biblioteca universitária cumpre
seu papel ao oferecer serviços informacionais que corroboram com a formação de seus
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ZANON, Juliano; BEDIN, Jéssica; SENA, Priscila Machado Borges. Ações das bibliotecas universitárias de Santa
Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: Research trends,
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usuários, principalmente na busca pelo conhecimento, conforme apontam Sala et al (2020).
Nesse sentido, ao buscar conhecimento é preciso estar atento à desinformação, e para
reconhecer é necessário que a biblioteca direcione ações para disseminem este conceito.
A coleta das informações apresentadas no quadro anterior permite construir o Gráfico
2, contendo as instituições que realizaram atividades e divulgação sobre desinformação e
contribuíram no propósito da mediação informacional, sendo elas: Unisul, com 09 (nove)
ações; Udesc com 07 (sete) ações; Univille com 06 (seis) ações; e Unochapecó com 01 (uma)
ação.
Gráfico 2 - Ações desenvolvidas
Fonte: dados da pesquisa (2020).
O Gráfico 3 apresenta as plataformas onde as ações encontradas foram divulgadas,
evidenciando, na primeira opção, a presença majoritária de ações publicadas no Facebook
(78,3%), seguido pelo Instagram (21,7%). Não foi encontrada nenhuma ação desenvolvida em
sites institucionais ou no Twitter.
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Gráfico 3 - Plataformas utilizadas
Fonte: dados da pesquisa (2020).
Os dados do Gráfico 3 comprovam que apenas quatro (25%) das dezesseis instituições
desenvolveram e compartilharam ações de combate à desinformação, sendo o Facebook e
Instagram as mídias sociais onde foram identificadas essas atividades. Nesse contexto, duas
instituições tiveram atuação em mais de uma plataforma: Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC) e Universidade da Região de Joinville (Univille).
Conforme mostra os dados, ainda um baixo envolvimento das bibliotecas
universitárias na propagação de ações que possam contribuir no combate a desinformação.
Heller (2021) considera que o trabalho dos bibliotecários, como mediadores no contexto das
bibliotecas universitárias é fundamental para que os estudantes compreendam o processo de
apropriação da informação. E consequentemente na forma como irão utilizar a informação, seja
para fins pessoais ou profissionais.
O Quadro 4 apresenta o meio e o formato das ações encontradas, muitas delas
desenvolvidas por outras instituições e apenas divulgadas pelas bibliotecas, a exemplo das
reportagens e palestras.
20
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Quadro 4 - Gêneros e formatos das ações desenvolvidas
Meio
Formatos
Quantidades
Digital
Posts de mídias sociais (Udesc e Univille)
10
Notícias (Unisul)
2
Infográfico IFLA (Unisul, Univille e Unochapecó)
3
Cartilha (Unisul)
1
Sites Institucionais (Udesc e Unisul)
3
Transmissão ao vivo (Unisul)
1
Físico
Palestras (Unisul e Univille)
3
Total
23
Fonte: dados da pesquisa (2020).
No meio digital, os posts em mídias sociais tiveram maior ocorrências, e também se
encontrou a divulgação do infográfico IFLA, notícias, matérias em sites institucionais, cartilha
e transmissão ao vivo abordando a temática da desinformação. A Biblioteca da Unisul foi a
unidade de informação que se destacou nas ações de combate à desinformação, compartilhou
diversas notícias com a comunidade, como por exemplo a notícia do site Nexojornal que
abordava como identificar a veracidade de uma informação e não espalhar boatos, o passo a
passo do fakeounews.org.br compartilhado pelo Canal Futura, e a divulgação de uma série de
palestras transmitidas pelo Instituto Net Claro Embratel sobre educação, inovação e tecnologia
que contemplava a temática “Fake News na sala de aula”.
Além das notícias, a Biblioteca da Unisul compartilhou uma cartilha de autoria de
Mirela Souza Tobias, Elisa Cristina Delfini Corrêa e Marcelo Silva Barcelos intitulada “O que
você pode fazer para combater as Fakes News e o fenômeno da Pós-verdade no Facebook?” O
material está disponível no site do Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed) da
Udesc. As palestras identificadas (Figura 4) publicadas, foram as únicas realizadas de forma
presencial. A Biblioteca da Unisul promoveu a palestra intitulada “Fake News e suas
implicações éticas na sociedade com o professor Alexandre Bitencourt em um evento
comemorativo ao dia da Biblioteca, durante o mês de outubro. E compartilhou a palestra
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ZANON, Juliano; BEDIN, Jéssica; SENA, Priscila Machado Borges. Ações das bibliotecas universitárias de Santa
Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: Research trends,
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realizada pela Pastoral Universitária que abordou as “Fakes News e suas implicações na
sociedade” com os estudantes de alguns cursos.
Figura 4 - Palestra: fake news e suas implicações éticas na sociedade
Fonte: Biblioteca Universitária Unisul (2018).
A Biblioteca da Udesc foi a segunda unidade de informação que se destacou nas ações
de combate à desinformação. produziu a campanha “Não caia na Fake” (Figura 3) para divulgar
o conceito, dicas e exemplos sobre a desinformação. Além do compartilhamento de uma notícia
do Tecmundo que tratava sobre uma iniciativa do Facebook para identificar notícias
verdadeiras na internet, e outra notícia que tratava de como identificar fake News. Os conteúdos
podem ser acessados na integra nos links disponíveis no Quadro 3.
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Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: Research trends,
vol.x, publicação continua 20xx, elocation. Doi 10.36311/1981-1640.xxxxxxxxxxx
Figura 3 Campanha da Biblioteca da Udesc “Não caia na fake
Fonte: Biblioteca Universitária UDESC (2020).
A Biblioteca da Univille, terceira unidade de informação que se destacou nas ações,
promoveu uma palestra abordando orientações sobre a pesquisa, fontes de informação
confiáveis, citações, plágio e Fake News com estudantes do ensino médio, a partir do Projeto
“Abrindo as Portas da Nossa Universidade”. Outra ação da biblioteca foi uma postagem com
dicas de como identificar notícias falsas e como compartilhar conteúdos seguros nas dias
sociais.
É necessário contextualizar que durante o ano de 2020 enfrentou-se uma pandemia
sanitária, a COVID-19, uma doença causada por um Coronavírus, o que tem acarretado uma
grande quantidade de informações equivocadas e imprecisas sobre a doença. Em relação a isso,
é interessante relatar que a biblioteca da Univille (Universidade da Região de Joinville)
divulgou duas ações informando endereços virtuais com dados confiáveis sobre a COVID-19,
cumprindo sua missão de orientar e atualizar os usuários e a comunidade por ela atendida.
Figura 4 - Onde encontrar informações confiáveis sobre a COVID 19
Fonte: Biblioteca Universitária Univille (2020).
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ZANON, Juliano; BEDIN, Jéssica; SENA, Priscila Machado Borges. Ações das bibliotecas universitárias de Santa
Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: Research trends,
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Por fim, destaca-se que das 04 (quarto) unidades de informação que apresentaram ações
no combate à desinformação, 03 (três) delas, a Unisul, Univille e Unochapecó compartilharam
o infográfico da IFLA intitulado “Como identificar notícias falsas”. O material foi criado com
o propósito de conscientizar a comunidade bibliotecária e instrumentalizar as ações junto as
bibliotecas:
O pensamento crítico é uma habilidade fundamental na alfabetização midiática
e informacional, e a missão das bibliotecas é educar e defender sua
importância. As discussões sobre notícias falsas levaram a um novo foco na
alfabetização midiática de forma mais ampla e no papel das bibliotecas e outras
instituições de ensino em fornecer isso. Quando os Dicionários Oxford
anunciaram que a pós-verdade foi a Palavra do Ano de 2016, nós, como
bibliotecários, percebemos que uma ação é necessária para educar e defender
o pensamento crítico uma habilidade crucial ao navegar na sociedade da
informação. A IFLA criou este infográfico com oito etapas simples (com base
no artigo de 2016 do FactCheck.org, How to Spot Fake News) para descobrir
a verificabilidade de uma determinada notícia à sua frente. Baixe, imprima,
traduza e compartilhe em casa, na sua biblioteca, na sua comunidade local e
nas redes sociais (IFLA 2017 n.p).
As ações disseminadas no contexto digital, bem como as promovidas de forma
presencial possibilitam desmistificar a desinformação junto à comunidade acadêmica, ao
permitir que as pessoas tenham acesso aos conceitos e exemplos, conforme apresentado por
Pinheiro e Brito (2014) ao descreveram três possibilidades de desinformação: ausência de
informação; informação manipulada; e engano proposital.
Tobias e Côrrea (2019 p. 572) corroboram com esta ideias ao refletirem que quando as
“pessoas já estão convictas de que algo realmente é verdade e deparam-se com alguma notícia
(verídica/falsa) que reafirma sua ideologia, é mais fácil envolver-se com tal postagem e replicá-
la, que lhe traz certa segurança emocional compartilhar algo que acreditam ser verídico.
Nesse sentido, ao tornar este processo mais consciente junto à comunidade acadêmica, a
Biblioteca Universitária concretiza sua missão de mediação, e contribuem com a formação no
contexto educacional,
Os dados coletados permitem afirmar que existe presença em ambientes digitais das
bibliotecas universitárias de Santa Catarina, pois todas as instituições pesquisadas têm um
espaço, maior ou menor, nos sites das instituições às quais elas estão ligadas. Apesar de
nenhuma ação ser identificada nos sites das instituições, eles ainda são um canal de
comunicação e divulgação das bibliotecas, mas sobretudo de acesso ao catálogo e serviços de
reserva e renovação.
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Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: Research trends,
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O Facebook demonstrou ser a rede social em que as bibliotecas têm espaço de
comunicação maior com seus usuários, divulgando informações e orientações para maior
acessibilidade. O Instagram e Twitter aparecem em menor número.
Sobre as ações de desinformação, apenas quatro (25%) das dezesseis bibliotecas
tiveram dados encontrados, denotando que a maioria das instituições não realizou atividades
para o combate à desinformação ou divulgou o infográfico da IFLA, mesmo sendo esse um
importante direcionador formulado para a área da biblioteconomia, evidenciando o
desprestígio das instituições pela temática.
Portanto, os elementos desta pesquisa evidenciam que os espaços digitais o ocupados
parcialmente pelas instituições pesquisadas, algumas mais atuantes do que outras, e que a
missão institucional de mediação informacional no combate à desinformação que elas exercem
ainda é pequeno e pouco expressivo nesses ambientes digitais.
5 Considerações finais
Nesta pesquisa se propôs compreender como as bibliotecas universitárias de Santa
Catarina, pertencentes ao sistema Acafe, desempenham sua missão de mediação da
informação, desenvolvendo ações para combater a desinformação em uma sociedade
tecnológica marcada pela produção e disseminação de um grande volume de informações,
muitas delas falsas, distorcidas e manipuladas.
Na busca da resposta ao questionamento principal deste estudo, identificando ações das
bibliotecas universitárias de Santa Catarina no combate à desinformação, percebeu-se que
apenas 04 quatro (25%) das instituições apresentaram alguma ação nesse sentido, sendo elas:
Unisul, Udesc, Univille e Unochapecó.
Ao analisar os diversos formatos das ações, identificou-se uma variedade delas, na sua
maioria posts de mídias sociais, seguidos de palestras, divulgação de outros sites institucionais,
notícias e o infográfico da IFLA. Assim sendo, as bibliotecas universitárias de Santa Catarina,
na tarefa de mediação informacional no combate à desinformação, tiveram um desempenho
pouco expressivo, pois, muito embora ocupem os espaços digitais de forma considerável, foram
poucas as instituições que desenvolveram ações e divulgaram documentos importantes da área,
a exemplo do infográfico IFLA “como identificar notícias falsas”.
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ZANON, Juliano; BEDIN, Jéssica; SENA, Priscila Machado Borges. Ações das bibliotecas universitárias de Santa
Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: Research trends,
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Observa-se, portanto, que é necessário haver ações no sentido de conscientizar os
profissionais da Biblioteconomia e instituições, a fim de promover e mediar a informação de
qualidade e verídica, para combater o fenômeno da desinformação e os efeitos prejudiciais
ocasionados aos indivíduos na sua integridade moral, psíquica e física, além de prejudicar os
valores democráticos, econômicos e políticos da sociedade.
Ademais, percebeu-se que o termo o Fake News foi utilizado com alta frequência pelas
unidades de informação. Porém, com base na literatura científica e nas mudanças que
ocorreram no uso do termo, cabe uma atualização para conduzir as práticas profissionais,
alicerçadas neste marco teórico que traz críticas ao uso de Fake News.
Ressalta-se a campanha Inteiras Verdades
(1)
, da Federação Brasileira de Associações
de Bibliotecários, Cientistas de Informação e Instituições (Febab) como suporte aos
profissionais da área. No período de realização desta pesquisa a campanha não havia sido
lançada
(2)
, por isso não constou menção a ela ao longo do artigo. Contudo, reconhece-se a
enorme importância da ação da Febab no combate à desinformação.
A limitação da pesquisa está na probabilidade de as instituições terem ações executadas,
porém não divulgadas nos sites ou mídias sociais, impossibilitando serem recuperadas e
analisadas nesta pesquisa.
Por fim, ao compreender as limitações da pesquisa e a necessidade de olhar para o
campo empírico, surge a necessidade de novas pesquisas para aprofundar a temática. Pesquisas
com o foco nos bibliotecários e bibliotecárias que atuam em bibliotecas universitárias, sobre
suas percepções e conhecimentos sobre a desinformação. Ademais, pesquisas que analisem os
conteúdos das publicações compartilhadas e divulgadas em seus espaços virtuais podem
contribuir com o desenvolvimento da área, e somar com a pesquisa em questão.
Notas
(1) Mais informações em: http://inteirasverdades.febab.org/sobre/.
(2) Lançamento ocorreu em 12 de março de 2021. Ver sobre em: https://febab.org/2021/03/12/inteiras-verdade/.
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ZANON, Juliano; BEDIN, Jéssica; SENA, Priscila Machado Borges. Ações das bibliotecas universitárias de Santa
Catarina para o combate à desinformação. Brazilian Journal of Information Science: Research trends,
vol.x, publicação continua 20xx, elocation. Doi 10.36311/1981-1640.xxxxxxxxxxx
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Dados da pesquisa
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Received: 04/01/2022 Accepted: 04/02/2023