RESGATANDO O SILÊNCIO DAS ENTRELINHAS: ENTENDENDO O DITO QUE NÃO FOI DITO
DOI:
https://doi.org/10.36311/1808-8473.2012.v1n9.2847Palavras-chave:
Guantánamo, Poemas de Guantánamo, Direitos Humanos, 11 de Setembro, Terrorismo.Resumo
A partir da releitura dos Poemas de Guantánamo: os presos falam (Poemsfrom Guantánamo: The Detainees Speak), procuro discutir e trazer à tona o que os poemas escritos por prisioneiros, tidos como terroristas responsáveis pelo atentado de 11 de setembro de 2001, quiseram, mas não puderam dizer. Apresentados ao mundo pelo professor de direito da Northern Illinois University College, Marc Falkoff, os poemas por ele selecionados e traduzidos tiveram de ser submetidos à censura do Pentágono. Evidencio que os poemas, analisados principalmente sob a perspectiva decada uma das biografias que o editor apresenta sobre cada um dos prisioneiros, oferecem ao mundo um legado literário proveniente do contexto que produziu, sobcircunstâncias atrozes, uma poética da dignidade humana. Demonstro como os prisioneiros de Guantánamo são vítimas de um Estado arbitrário e como esses poemas trazem à luz figuras de humanidade contra a fábrica de crueldade da "Guerra ao Terrorismo". Procurando resgatar o que foi perdido na tradução e na censura do Pentágono, me alio, como tradutor, ao editor, a fim de dar mais força ao que os poemas tentam dizer.Downloads
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