A VIRTUDE NEOCLÁSSICA E A MORAL DURKHEIMIANA: UMA LEITURA DO QUADRO O JURAMENTO DOS HORÁCIOS, DE JACQUES-LOUIS DAVID (1748-1825)

Autores

  • Anderson Ricardo TREVISAN

DOI:

https://doi.org/10.36311/1808-8473.2009.v1n6.1467

Resumo

O presente artigo analisa a pintura O juramento dos Horácios, de Jacques-Louis David (1748-1825), levando em consideração os apontamentos de Émile Durkheim (1858-1917) sobre o suicídio altruísta. O quadro de David, inspirado em uma peça clássica de Pierre Corneille (1606-1684), revelava valores da Roma Antiga, como a virtude e o civismo, e o bem coletivo acima dos interesses individuais. A partir de sua análise foi possível perceber elementos figurados que convergem com o tipo social de suicídio explicado por Durkheim como altruísta, envolvendo também as noções de moral coletiva e solidariedade, temas tipicamente durkheimianos. Concluiu-se, primeiramente, que existem muitos pontos comuns entre a pintura de David e a obra de Durkheim, especialmente em relação ao teor moral presente em ambos, e por último, que a obra O suicídio, como gostaria seu autor, tem um alcance que ultrapassa seu objeto empírico, permitindo, inclusive, entender melhor uma obra de arte.

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