“Acho brega esse negócio de ser macho”
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Palavras-chave

Educação
Gênero
Masculinidades
Arte
Cultura Visual

Como Citar

BALISCEI, J. P.; SOUZA, A. C. “Acho brega esse negócio de ser macho”: educação, bordado, masculinidade e produções de Fábio Carvalho. Revista Aurora, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 71–90, 2022. DOI: 10.36311/1982-8004.2022.v15.n1.p71-90. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/13205. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

As relações de gênero fortemente estabelecidas por e em setores econômicos, culturais e trabalhistas contribuíram para que, na contemporaneidade, o bordado fosse associado ao feminino. As práticas escolares e curriculares também favorecem certa distância entre masculinidade e o bordado. Diante disso, perguntamos: Que diálogos podem ser estabelecidos entre masculinidades e arte, em uma perspectiva que valorize o bordado para além do fazer artesanal? Para responder a essa pergunta, neste artigo, apoiamo-nos teoricamente nos Estudos de Gênero e nos Estudos das Masculinidades, pensando-os em articulação com a Educação. Temos como objetico analisar como os aspectos generificados do bordado atravessam a produção artística contemporânea de artistas homens. Para isso, estruturalmente, organizamos a discussão em dois tópicos. No primeiro, discutimos sobre os aspectos educativos e pedagógico das aprendizagens de gênero, dando ênfase às masculinidades. No segundo, apresentamos uma análise de duas séries artísticas feitas pelo artista carioca Fábio Carvalho (1965--), sendo elas: Em sendo patente…(2012) e Monarca (2012). Ao final, nas considerações, evidenciamos o caráter pedagógico dos artefatos visuais e, a partir das obras de Fábio Carvalho, argumentamos sobre a necessidade de repensar as imagens ofertadas às crianças, incluindo aquelas envolvidas em práticas escolares.

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2022.v15.n1.p71-90
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