A extensão da racionalidade econômico privatística ao conhecimento produzido pela subjetividade emancipada

paradoxo da modernidade

Autores

  • Gabriel Cunha Salum Universidade Estadual Paulista (Unesp) image/svg+xml
  • José Geraldo Alberto Bertoncini Poker Universidade Estadual Paulista (Unesp) image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2010.v4n1.1253

Palavras-chave:

Sociedade, Conhecimento, Racionalidade, Propriedade Intelectual

Resumo

O presente artigo buscou apresentar um estudo sobre as relações sociais em torno da produção, circulação e eventual possibilidade de apropriação do conhecimento nos sistemas sociais do mundo pré-moderno e no sistema de organização social da modernidade ocidental capitalista. Neste universo específico de relacionamentos, destacou-se, também, o papel paradoxal da racionalidade na medida em que serviu à emancipação do conhecimento dos instrumentos de controle do período pré-moderno ao mesmo tempo em que favoreceu a construção de novas amarras forjadas na modernidade ocidental a partir do Direito moderno, inserindo o saber no domínio da lógica econômico-privatística da empresa capitalista por meio da propriedade intelectual. A investigação foi elaborada a partir da revisão bibliográfica de obras especializadas relacionadas ao tema. Concluiu-se a existência de um paradoxo na dinâmica do binômio sociedade e conhecimento cuja causa está relacionada aos desdobramentos da racionalidade no desenvolvimento da civilização ocidental.

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Biografia do Autor

Gabriel Cunha Salum, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Advogado, Graduado em Ciências Sociais pela UNESP/FFC–Marília, Mestre em Ciências Sociais pela UNESP/FFC–Marília

José Geraldo Alberto Bertoncini Poker, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Doutor em Sociologia pela USP–SP, Docente do Departamento de Sociologia e Antropologia da UNESP/FFC–Marília.

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Publicado

2011-01-29

Como Citar

SALUM, G. C.; POKER, J. G. A. B. A extensão da racionalidade econômico privatística ao conhecimento produzido pela subjetividade emancipada: paradoxo da modernidade. Revista Aurora, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 167–182, 2011. DOI: 10.36311/1982-8004.2010.v4n1.1253. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/1253. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

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Miscelânea