O ACONTECIMENTO DISCURSIVO NA ARQUEOLOGIA DE MICHEL FOUCAULT: UMA ANÁLISE DO DISCURSO E O NÃO-DISCURSIVO

Autores

  • Daniel Salésio Vandresen Instituto Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2014.v7n2.3618

Palavras-chave:

Acontecimento. Discurso. Não-Discursivo.

Resumo

O artigo visa pensar a noção de acontecimento como indispensável para pensar a articulação entre o discurso e o não-discursivo na arqueologia de Michel Foucault. A noção de acontecimento aparece principalmente na obra A Arqueologia do Saber (1969), significando que, para que algo possa surgir, para que um pensamento possa acontecer ou ainda, para que alguém possa dizer alguma coisa em determinado momento são necessárias condições discursivas e não-discursivas. Isto quer dizer que, não são apenas regras internas ao discurso, mas também condições não-discursivas que condicionam regras para que um saber possa ser dito. O não-discursivo determina que um discurso seja legitimo, seja autorizado institucionalmente para dizer a verdade e seguindo padrões estabelecidos. Para o autor, acontecimento é o fato de alguém dizer algo em um dado momento. Daí que compreender o discurso como acontecimento significa entender quais as condições que alguém precisa aceitar quando pronuncia algo em algum momento. Condições que não são apenas discursivas, mas também não-discursivas. A noção de acontecimento discursivo é que permite a Foucault relacionar o acontecimento enunciativo com acontecimentos que são de outra ordem (técnica, econômica, social, política, etc.).

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Biografia do Autor

Daniel Salésio Vandresen, Instituto Federal do Paraná

Mestre em Filosofia

Publicado

2014-07-18

Edição

Seção

Miscelânea