Revista Aurora, v. 17, 2024. Fluxo Contínuo
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2024.v17.e024016
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Resumo: Este trabalho visa analisar a formação de uma fortuna crítica tecida por intelectuais
afro-brasileiros e afro-brasileiras ao longo do século XX, tendo em vista a hipótese segundo a
qual os associativismos negros e, mais especificamente, as organizações coletivas de cariz
político-cultural comumente associadas ao conceito de movimentos negros, representam
lugares sociais de inspiração para a elaboração de interpretações do Brasil. Parte-se da crítica
às limitações concernentes a sub-representação de intelectuais negras e negros na tradicional
agenda de estudos do pensamento social brasileiro, a fim de refletirmos acerca da formação
colonial e racializada da tradição intelectual comumente classificada enquanto massa crítica de
intérpretes do Brasil. Em seguida, indicaremos o papel fulcral dos movimentos negros e de
seus agentes mobilizadores na produção de uma fortuna crítica e, consequentemente, de uma
tradição intelectual afro-brasileira ao longo do século XX. Finalmente, passaremos a apresentar
e refletir criticamente a respeito dos impulsos criativos do pensamento social afro-brasileiro
historicamente acumulado por diferentes gerações intelectuais negras. A fim de dar seguimento
à referida proposta de reflexão teórica, visamos tecer, como referencial metodológico, uma
análise crítico-descritiva da bibliografia mencionada nas páginas subsequentes mediante
metodologia bibliográfica descritiva e explicativa. Por fim, conclui-se que os impulsos
criativos do pensamento social afro-brasileiro, elaborados por diferentes gerações intelectuais-
ativistas negras, oferecem ao campo de estudos do pensamento social e político brasileiro e, de
forma geral, as ciências sociais em nosso país, caminhos para a promoção da diversificação
epistêmica e da descolonização de cânones.
Palavras-chave: Pensamento social afro-brasileiro, Antirracismo, Diversidade epistêmica.
Resumen: Este trabajo tiene como objetivo analizar la formación de una fortuna crítica tejida
por intelectuales afrobrasileños a lo largo del siglo XX, teniendo en cuenta la hipótesis según
la cual las asociaciones negras y, más específicamente, las organizaciones colectivas de
carácter político-cultural comúnmente asociadas al concepto de movimientos negros,
representan lugares sociales de inspiración para la elaboración de interpretaciones de Brasil.
Se parte de la crítica de las limitaciones relativas a la subrepresentación de los intelectuales
negros en la agenda tradicional de estudios del pensamiento social brasileño, para reflexionar
sobre la formación colonial y racializada de la tradición intelectual comúnmente clasificada
como masa crítica de intérpretes de Brasil. A continuación, indicaremos el papel central de los
movimientos negros y sus agentes movilizadores en la producción de una fortuna crítica y, en
consecuencia, de una tradición intelectual afrobrasileña a lo largo del siglo XX. Finalmente,
comenzaremos a presentar y reflexionar críticamente sobre el impulsa elementos creativos del
pensamiento social afrobrasileño históricamente acumulados por diferentes generaciones
intelectuales negras. Para dar seguimiento a la propuesta de reflexión teórica antes mencionada,
pretendemos tejer, como referente metodológico, un análisis crítico-descriptivo de la
bibliografía mencionada en las páginas siguientes utilizando una metodología bibliográfica
descriptiva y explicativa. Finalmente, se concluye que los impulsos creativos del pensamiento
social afrobrasileño, elaborado por diferentes generaciones de intelectuales-activistas negros,
ofrecen el campo de estudios del pensamiento social y político brasileño y, en general, de las
ciencias sociales en nuestro país, caminos para promover la diversificación epistémica y la
descolonización de cánones.
Palabras clave: Pensamiento social afrobrasileño, Antirracismo, Diversidad epistémica.