MARSULO, T. G.; CARVALHO, Â. M.G.
Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília, Marília, v.3, n.2, p.9-24, Jul./Dez., 2017
O governo federal brasileiro intensificou as atividades de incentivo
à leitura com o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER), o mais
antigo em vigor, instituído em 13 de maio de 1992 pelo Decreto nº. 519, e
vinculado à Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
O PROLER foi instalado na Casa da Leitura, no Rio de Janeiro, com
o compromisso de requerer ações de valorização da leitura, criando parcerias com
comitês que promovem a leitura espalhados pelo país.
O Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER), ao longo de
vinte e dois anos, provém esforços para consolidar no país uma política pública de
Estado, no sentido de viabilizar a leitura e a escrita como práticas sociais visíveis,
necessárias e prazerosas para todos os brasileiros;
[...] é um programa que tem o objetivo incentivar a montagem, a criação e a ampliação de
acervos literários das bibliotecas escolares. Sua função é essencialmente coordenar,
disseminar, articular, ouvir as propostas, as ideias para a dinamização de experiências
na área da leitura, realizadas nas diversas regiões do país por iniciativas de grupos
governamentais e não governamentais. (COPES; SAVELI , 2005, p.2).
A mudança vem se decorrendo principalmente no acesso as obras que
passaram a ser disponibilizadas nas escolas, como por exemplo, pelo Programa
Nacional de Bibliotecas Escolares.
Em 1997, o Ministério da Educação e da Cultura (MEC) em parceria com a Secretaria
de Educação do Distrito Federal (SEDF) criou o Programa Nacional Biblioteca da
Escola (PNBE) com a intenção de promover às Escolas Públicas de Ensino Fundamental,
recursos diversificados de leitura, essenciais ao desenvolvimento intelectual, emocional
e cultural de alunos e professores. O Ministério pretendia, através do PNBE, apoiar
projetos de capacitação e atualização do professor do Ensino Fundamental e aplicar
Programas de incentivo ao hábito de leitura. O principal objetivo era democratizar e
disponibilizar o acesso de livros aos alunos de outras séries e da comunidade ao acervo
entregue às escolas. (COPES; SAVELI, 2005, p.2).
Somando a essas iniciativas, a junção de esforços entre profissionais
da informação e professores, o cenário brasileiro vem modificando e o ensino
da literatura nas unidades de educação passaram a trabalhar com escritores
contemporâneos e as obras são inseridas no contexto das crianças. Assim,
por meio da interação das crianças com as obras surgem iniciativas como:
dramatizações, escrita de versões próprias dos textos, editam jornais na escola
entre outras iniciativas.
No ano de 2005, foram desenvolvidas aproximadamente cem mil
iniciativas dentro do calendário do Ano Ibero-americano da Leitura.
O MEC lançou a Campanha “Viva Leitura” com a pretensão de alcançar 8,5 milhões
de alunos de 4a, 5a e 8a séries e Educação de Jovens e Adultos, suas famílias e amigos. A
Campanha nasceu da intenção do MEC, MinC, UNESCO, OEI, UNDIME, Fundação
Santillana em dar continuidade e mobilização ao Pró-leitura nas atividades empreendidas
durante o Ano Ibero americano da leitura, em 2005. (MEC, 2007, p.5).