Gestão da Diversidade e Novas Tecnologias no Contexto Educacional
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GESTÃO DA DIVERSIDADE E NOVAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO
EDUCACIONAL
DIVERSITY MANAGEMENT AND NEW TECHNOLOGIES IN THE
EDUCATIONAL CONTEXT
Regina Coeli Morais Krelling
1
Gilson de Oliveira Morais Júnior
2
Clóvis Maxwell Andrade Martins
3
RESUMO:
O presente trabalho traz uma abordagem sobre o papel dos gestores educacionais e a
utilização das tecnologias no atendimento à diversidade. Versa sobre o conceito de cultura, diversi-
dade e diversidade cultural, aqui, como demanda que requer um atendimento diferenciado, nas in-
stituições educacionais, porém inclusivo. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) ou
as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) são aliadas das escolas, com potencial
para favorecer o fazer pedagógico. Os problemas de implementação das tecnologias de informação
são desafiadores, exigindo que toda a instituição participe desse trabalho de inclusão das minorias.
A maneira como esse processo é conduzido também é a base desse projeto. As escolas, através de
seus gestores, buscam por estratégias que beneficiem esse contingente de pessoas, quase não visibi-
lizadas, fruto de sequelas de um passado de sofrimento e injustiças. Com uma revisão bibliográfica
do referencial teórico apresentado, nosso principal objetivo é trazer reflexões para implementação
de estratégias e políticas que promovam a equidade, a justiça social e a competência cultural entre
alunos, professores e a gestão escolar com o aprimoramento da experiência educacional para todos.
Os resultados mostram que o comprometimento da gestão é fator primordial para uma aprendiza-
gem significativa.
PALAVRAS-CHAVE:
Diversidade 1. Gestores 2. Tecnologias Educacionais 3.
ABSTRACT:
This work brings an approach to the role of educational managers and the use of tech-
nologies in meeting diversity. It deals with the concept of culture, diversity, and cultural diversity,
here, as a role that requires a differentiated service, in educational institutions, however inclusive.
Information and Communication Technologies (ICT) or New Information and Communication
1 Mestranda em Educação/Unesp/Marília - regina.krelling@ifpa.edu.br
2 Mestrando em Educação/Unesp-Marília - gilson.morais@ifpa.edu.br
3 Mestrando em Educação/Unesp/Marília - clovis.martins@ifpa.edu.br
http://doi.org/10.36311/2447-780X.2023.n1.p41
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Technologies (NICT) are allies of schools, favoring the teaching-learning process, when properly
managed. The problems of implementing information technologies are challenging, making the
entire institution participate in this work of inclusion of minorities. The way in which this process
is conducted is also the basis of this project. The schools, through their managers, are looking for
strategies that benefit this contingent of people, who are barely visible, because of the consequences
of a past of suffering and injustice. With a bibliographic review of the presented theoretical frame-
work, our main objective is to bring reflections for the implementation of strategies and policies
that promote equity, social justice and cultural competence among students, teachers and school
management with the improvement of the educational experience for all. The results show that
management commitment is a key factor for meaningful learning.
KEYWORDS:
Diversity 1. Managers 2. Educational Technologies 3.
INTRODUÇÃO
A velocidade com que estamos observando o mundo mudar é
algo que nos impressiona, deixando um rastro de multiplicidade cultural,
e essa dinâmica nos faz repensar a nossa convivência diária. A pluralidade
cultural é como um caleidoscópio, com suas cores infinitas que vão se
modificando a cada novo olhar, em um entrelaçamento de inúmeros
fatores que constituem as sociedades humanas, como seus fazeres, suas
normas, seus valores e tantos outros, que se perpetuam e se modificam
através das gerações.
Esse entrelaçamento, fruto das interações sociais, vai dando lugar
a uma sociedade cada vez mais heterogênea, constituída de vários matizes.
Essa diversidade cultural é que nos instiga a pensar em estratégias e ações
que possam fazer com que essa convivência com o diferente nos faça refletir
o quanto essa troca de experiências pode nos desenvolver e fortalecer como
pessoas e construir uma convivência mais harmônica e, sobretudo, baseada
em parâmetros democráticos. Nosso principal objetivo é trazer reflexões
para implementação de estratégias e políticas que promovam a equidade, a
justiça social e a competência cultural entre alunos, professores e a gestão
escolar com o aprimoramento da experiência educacional para todos. Com
uma revisão bibliográfica do referencial teórico apresentado, nosso principal
objetivo é trazer reflexões para implementação de estratégias e políticas que
promovam a equidade, a justiça social e a competência cultural entre
alunos, professores e a gestão escolar com o aprimoramento da experiência
educacional para todos. Os resultados mostram que o comprometimento
da gestão é fator primordial para uma aprendizagem significativa.
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DIVERSIDADE CULTURAL
Falar de diversidade é também falar de humanidade, inteligência
emocional e empoderamento. O artigo da Declaração Universal sobre a
Diversidade Cultural, da UNESCO, preconiza que:
Em nossas sociedades cada vez mais diversificadas, torna-se indispensável garan-
tir uma interação harmoniosa entre pessoas e grupos com identidades culturais
a um tempo plurais, variadas e dinâmicas, assim como sua vontade de convi-
ver. As políticas que favoreçam a inclusão e a participação de todos os cidadãos
garantem a coesão social, a vitalidade da sociedade civil e a paz. Definido desta
maneira, o pluralismo cultural constitui a resposta política à realidade da diver-
sidade cultural. Inseparável de um contexto democrático, o pluralismo cultural
é propício aos intercâmbios culturais e ao desenvolvimento das capacidades cria-
doras que alimentam a vida pública. (UNESCO, 2001 p.3)
Diversidade, segundo o Dicionário Online de Português dispõe
é: “Característica ou estado do que é diverso, diferente, diversificado; não
semelhante.”
Diversidade Cultural, de acordo com o mesmo dicionário é:
“Conjunto de características culturais que, observadas em pessoas
circunscritas num mesmo espaço geográfico (país, cidade, região etc.),
caracteriza costumes, hábitos sociais ou crenças que variam de uma pessoa
para outra.”
Dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil elencados no artigo 3º da Constituição Federal de 1988, o parágrafo
IV, dispõe: “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (BRASIL de
1988).
O Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção
dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/
LGBT) é um órgão colegiado, integrante da estrutura básica do Ministério
dos Direitos Humanos, no Brasil, criado por meio da Medida Provisória
2216-37 de 31 de Agosto de 2001. Um dos principais objetivos desse
órgão é fomentar e acompanhar políticas públicas nas ações em defesa dos
direitos humanos.
Diversidade também é inovação e isso requer criatividade no
comportamento dos gestores e ações que venham a facilitar a convivência
no local de trabalho. É preciso que haja uma atualização, uma reformulação
na nossa maneira de pensar e de lidar com o diferente, enxergá-lo como
semelhante, respeitando as diferenças e característica de cada um.
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As organizações têm, na diversidade, uma arma poderosa que
pode suscitar ganhos e vantagens quando se pensa em aproveitar todo
o aprendizado a partir das divergências surgidas das diferenças de cada
ser humano. Isso significa criar estratégias para tomadas de decisões que
poderão causar impactos favoráveis, surgidos desse desafio. Corroborando
com esse entendimento, JESUS (2006, p.14) assegura que:
À medida que a sociedade no enfrentamento das crises e transformações vai
se constituindo, o discurso de aceitação, acolhimento e respeito às diferen-
ças e à diversidade vai ganhando espaço nas produções acadêmicas, norteando
as principais políticas públicas e tomando corpo nas leis, decretos, portarias,
convenções e em projetos político-pedagógicos nas esferas públicas do Poder
Federal, Estadual e Municipal. Aparece, então, no cenário educacional, as ex-
pressões “educação inclusiva” e “escola inclusiva”, remetendo à perspectiva de
construção de sistemas educacionais inclusivos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, em seu artigo
3a dispõe sobre os princípios que devem nortear o ensino e, dentre outros
que “... consideração com a diversidade étnico-racial...” e “...respeito à
diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas,
surdo-cegas e com deficiência auditiva...” (Lei 9.394/96, Artigo 3º).
Corroborando do mesmo pensamento, Candau e Moreira (2003.
p160), preconizam que:
A escola é, sem dúvida, uma instituição cultural. Portanto, as relações entre
escola e cultura não podem ser concebidas como entre dois polos independen-
tes, mas sim como universos entrelaçados, como uma teia tecida no cotidiano
e com fios e nós profundamente articulados. Se partimos dessas afirmações,
se aceitamos a íntima associação entre escola e cultura, se vemos suas relações
como intrinsecamente constitutivas do universo educacional, cabe indagar por
que hoje essa constatação parece se revestir de novidade, sendo mesmo vista
por vários autores como especialmente desafiadora para as práticas educativas.
Esse entrosamento não deve ser dissociado. A escola sempre
deverá ser um ambiente de acolhimento, mesmo que consideremos esse
posicionamento, além de seus muros.
O PAPEL DO GESTOR EDUCACIONAL
O papel do gestor educacional é de fundamental importância,
porque ele representa o saber gerir, na perspectiva de que seu local de trabalho
seja o protótipo da gestão de excelência, na qual seus pares são instigados
a participar do processo de construção de uma convivência salutar com o
compartilhamento de conhecimentos e atitudes que favoreçam a todos os
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envolvidos no processo. Esse é um termo relativamente novo, como nos
aponta Lück (2006)
A gestão educacional é uma expressão que ganhou evidência na literatura e
aceitação no contexto educacional, sobretudo a partir de década de 1990, e
vem se constituindo em um conceito comum no discurso de orientação das
ações de sistemas de ensino e de escolas. [...] O conceito de gestão resulta de
um novo entendimento a respeito da condução dos destinos das organizações,
que leva em consideração o todo em relação com as partes e destas entre si, de
modo a promover maior efetividade do conjunto (LUCK, 2006, p. 33-34).
A implementação de ações de sensibilização junto a seus
colaboradores, no sentido de atender a todas as pessoas que trabalham ou
necessitam de atendimento na educação, faz com que o gestor educacional
projete a sua organização como aquela que está comprometida com a
responsabilidade humana e social com aqueles que são provenientes de
grupos em vulnerabilidade social, tidos como minorias, que carecem de
atenção e tratamento com a concepção democrática, igualitária e desprovida
de qualquer discriminação, tornando a convivência entre as pessoas, muito
mais prazerosa e harmônica.
Hoje em dia já é possível, em ambientes de educação, normas
de conduta para que as chamadas minorias ou grupos em vulnerabilidade
social sejam respeitados e tratados de forma humanizada. Essa postura de
governos e instituições de ensino deve-se, principalmente, a um processo
discriminatório arraigado, que herdamos de um passado de opressão e de
violação de direitos, como salienta Rosa Marin:
Hoje, a sociedade brasileira posiciona-se, com ênfase, sobre os princípios de
formação educativa e nela travam-se debates sobre as relações inseparáveis en-
tre educação e Diversidade. Acredita-se que as políticas educacionais contri-
buam para reduzir as desigualdades e a exclusão para ampliar o acesso à escola
e a ascensão social de grupos de indivíduos, para eliminar progressivamente
as visões discriminatórias sobre indígenas, negros, homossexuais e mulheres.
(MARIN, 2008)
O leque de grupos de pessoas, vítimas de discriminação é bem
maior do que o citado acima. Os movimentos migratórios forçados são
outro exemplo. Refugiados fazem parte dessa estatística: pessoas que
abandonam seus países de origem, por motivos que vão muito além da
vontade própria.
O texto da Declaração dos Direitos Humanos, da Organização
das Nações Unidas (ONU, 1948), em seu Artigo nos orienta que:
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
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São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros
com espírito de fraternidade.”
Evidenciamos que a origem da tríade Liberdade, Igualdade e
Fraternidade presente neste Art 1º da Declaração dos Direitos Humanos
tem sua origem na Revolução Francesa. Desta tríade, como indica Antônio
Maria Baggio (2008, apud PFIFFER, 2011, p.10):
O próprio termo fraternidade”, com raríssimas exceções, está praticamente au-
sente dos dicionários de política. No entanto, encontramos neles os conceitos de
“liberdade” e “igualdade”, que, ao lado da fraternidade, compõem a conhecida
tríade da Revolução Francesa. Enquanto, porém, os princípios-deveres da igual-
dade e da liberdade tiveram um desenvolvimento, a partir de 1789, e transforma-
ram-se em categorias políticas propriamente ditas, entrando, como princípios,
nas Constituições de rios Estados, a mesma sorte o coube à fraternidade.
A sociedade muda ao longo do tempo e com ela mudam os
valores, e as instituições fazem adaptações em suas concepções para
acompanhar essas mudanças. A escola deve ser promotora de bem-estar,
contribuindo, dessa forma, para que o processo ensino-aprendizagem
possa fluir de maneira muito mais significativa para o aluno.
A função principal de um bom gestor é conhecer a estrutura de
sua organização, e a legislação voltada à diversidade, para ter parâmetros
quanto à criação e implementação de medidas que possam reduzir as
diferenças, como dispõe Adauto Damásio, “criar um ambiente de trabalho
solidário e acolhedor” (DAMÁSIO, 2018, p.3). Juntamente com as pessoas
que fazem parte da Instituição, elaborar mecanismos de atendimento às
carências internas, minimizando discriminações. Ter um ambiente isento
de
qualquer atitude preconceituosa garante uma produtividade maior.
Além disso, ações afirmativas devem ser implementadas coletivamente,
fazendo com que toda a instituição participe desse processo. Dessa
forma, um ambiente acolhedor faz com que trabalhemos mais motivados,
fortalecendo, dessa forma, a autoestima dos envolvidos.
Gestores educacionais imbuídos desses sentimentos de
coletividade, espírito inovador, democrático e colaborador, produzem
sentimento de pertencimento, projeta a Instituição dando-lhe visibilidade
a um trabalho digno de ser seguido por outras do mesmo segmento.
Estudantes que vivenciam essas experiências em ambientes
desprovidos de convivência tóxica, são muito mais motivados. E essa
motivação extrínseca vai despertar a motivação intrínseca. Encontramos
respaldo nas palavras de Shawn Achor:
Quando estamos felizes, quando a nossa atitude e estado de espírito são positi-
vos, somos mais inteligentes, mais motivados e, em consequência, temos mais
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sucesso. A felicidade é o centro, e o sucesso é que gira em torno dela. (ACHOR,
2010, pag.37)
As dificuldades não são poucas, mas a reflexão de
Cury(2008.p.2119) enfatiza que:
Estamos diante de um desafio instaurador de um processo que amplia a demo-
cracia e educa para a cidadania, rejuvenesce a sociedade e irriga a economia. Es-
tamos diante da necessidade de uma saída urgente para uma educação de qua-
lidade. Uma saída que obedeça aos ditames da razão que a educação inaugura.
NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
As novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs)
podem ser aliadas da gestão democrática e inclusiva, no contexto educacional.
Quando bem administradas, trazem benefícios à comunidade em geral,
mas principalmente às minorias, como pessoas em vulnerabilidade social,
que normalmente são aquelas penalizadas por atitudes e comportamentos
contrários ao real sentido de solidariedade e acolhimento.
É preciso fazer investimentos, muitas vezes substanciais, em
aquisição de equipamentos e capacitação de profissionais da educação, para
que
a instituição possa fazer parte desse mundo voltado aos novos desafios da
sociedade, como é a tecnologia, e ter condições de oferecer serviços de
qualidade aos envolvidos nesse processo ensino-aprendizagem. o fato
de não pertencer a esse mundo conectado, por si só, representa um
motivo para discriminação e alijamento. O gestor e sua equipe de trabalho
(pedagogos, professores, técnicos administrativos e demais colaboradores)
precisam buscar alternativas para conquistar espaço nesse mundo cada
vez mais tecnológico, pois essa é uma trajetória, possivelmente, sem volta.
Mesmo porque as escolas, de alguma forma, estão conectadas ao mundo.
A professora Carmem Lúcia Prata enfatiza que:
É preciso reconhecer que toda a comunidade escolar tem um papel fundamental
neste processo. Os professores na exploração das tecnologias disponíveis na escola,
integrando-asàssuasatividadesemsaladeaula, ospedagogosdesempenhandoseu
papel para integrar e enriquecer as práticas pedagógicas e a direção na busca
de formas de gerenciamento que facilitem a inserção da tecnologia no cotidia-
no de sua escola. É fundamental participarem, aderirem às ações de inclusão
das TICs à educação, articularem e promoverem esta ideia em toda a escola e
comunidade, efetivando uma intervenção técnico/pedagógica mais adequada
às reais necessidades da escola (professores, alunos, comunidade). PRATA,
2002. P. 3)
Buscar parcerias entre escolas públicas e governos ou sociedade
civil, pode ser um caminho para equipar a instituição, aparelhamento de
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instituição, na perspectiva de que possa implementar programas voltados à
oferta de cursos e/ou disciplinas através da tecnologia. O governo brasileiro
possibilita, entre alternativas, o Programa Nacional de Tecnologia
Educacional (PROINFO), para que as escolas participem desse processo
de
integração comunidade escolar da rede pública de educação básica.
Esse
assessoramento às escolas significa um passo importante no processo
ensino/aprendizagem e ao mundo conectado. As crianças já experimentam
esse mundo desde cedo.
Na condução desse processo, os gestores educacionais devem ter
um envolvimento significativo, no sentido de prover a sua equipe, de forma
minimante adequada, para suprir as necessidades imediatas no processo de
formação desses estudantes
CONSIDERAÇÕES FINAIS
São muitos os desafios da escola, hoje em dia, sobre o assunto
Diversidade. Trabalhar com uma demanda de vários contornos significa
ter inteligência emocional, ou seja, feeling, pois a inteligência intrapessoal,
algo que muitas vezes nem todos a tem. Pode até ser que bem trabalhada,
pode-se conseguir. A diversidade implica demanda sensível, que requer
muito diálogo e atenção.
O gestor educacional, como o comandante de um navio, pode
conduzir esse processo, porém, nunca sozinho, pois sua tripulação deverá
estar sempre a postos para que a viagem siga sempre por águas tranquilas.
Um fator não abarcado por este trabalho se refere ao recente
advento das Inteligências Artificiais (AIs) como ferramentas disponíveis
gratuitamente na internet. Essas AIs são capazes de produzir os mais
diversos tipos de resposta, desde um texto em qualquer assunto até artes
realistas sobre qualquer tema sugerido pelo usuário. O ChatGPT, para
citar um exemplo, uma AI capaz de gerar textos a partir de um comando
simples sem necessidade de nenhum conhecimento de programação, já
vem sendo utilizado entre profissionais de várias áreas, como publicitários
e o mercado editorial: ela gera um texto livre de plágio em segundos. Estas
e outras aplicações têm o potencial de impactar profundamente o fazer
educacional e, consequentemente, a gestão. Acreditamos que um campo
vasto para a pesquisa aqui.
Ressaltamos que há intempéries nesse processo que cerca o processo
ensino-aprendizagem e isso perpassa pela formação dos professores, como
observado neste trabalho, principalmente quanto ao uso adequado das
tecnologias, que podem suscitar descobertas importantes para a construção
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de propostas ainda mais robustas e contínuas de tratamento, dentro do
possível, mais humano e igualitário.
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Submetido em: 02/11/2022
Aprovado em: 16/05/2023