Em 2018, a dívida consolidada era de R$ 327,727.016,23 milhões.
Enquanto a dívida flutuante, conforme PowerPoint do 3º quadrimestre, era de
R$ 108.298.112,16 milhões. O total de R$ 436.025.128,39 milhões.
Em 2019, como vimos, a Prefeitura de Marília cumpriu a Lei de
Transparência integralmente. Em balanço oficial, a dívida consolidada era de
R$ 286.821.946,78 e a dívida flutuante de 147.041.258,04. O total de R$
433,863.204,82 milhões.
Em 31/12/2020, conforme os balanços anuais, a dívida consolidada da
Prefeitura de Marília era R$ 539.003.737,37 milhões. Já a dívida flutuante era de
R$ 153.536.533,44 milhões. O total de R$ 692.540.270,81 milhões.
Como é possível perceber, a evolução da dívida pública municipal
ampliou-se na administração Daniel Alonso (2017-2020). E não o contrário,
como eles afirmam, em um exercício de imaginação complacente do secretário da
Fazenda Levi Gomes.
Entre agosto de 2013 e dezembro de 2020, a dívida do município
saltou de R$ 212 milhões para R$ 692,5 milhões. Um aumento de 179,48% no
período analisado. Em um jogo de empurra, um responsabiliza o outro pela
herança maldita, a qual tem como credor a população mariliense, a qual sofrerá
as conseqüências na forma de aumento de impostos e diminuição na quantidade
e na qualidade dos serviços públicos ofertados.
Em 31/08/2021, até o 2º quadrimestre, segundo o PowerPoint da
audiência pública da secretária da Fazenda, a dívida consolidada do município de
Marília é de R$ 585.873.622,11 milhões; enquanto a dívida flutuante é de R$
60.969.664,90 milhões. Um total de R$ 646.843.287,01 milhões.
Até o momento, pela primeira vez, há indícios de que o endividamento
municipal pode abaixar. Segundo a fala do Secretário da Fazenda, pela primeira
vez, a Prefeitura irá terminar o ano fiscal sem deixar restos à pagar para o próximo
exercício, ou seja, sem dívida flutuante.
É importante ressaltar que este resultado fiscal positivo é enganoso
porque foi produzido pelo uso do estado de exceção como paradigma normal de
governo durante o enfrentamento da pandemia da Covid-19 pela Prefeitura de
Marília.
Neste período, muitos serviços públicos foram represados e,
consequentemente, seus custos suprimidos, gerando, assim, uma economia
ilusória, a qual foi revertida para a diminuição da dívida flutuante, permitindo,
dessa maneira, um discurso populista à administração Daniel Alonso. Entretanto,
o retorno às atividades normais recolocarão, em 2022, os custos do cotidiano da
máquina pública. Muitos serão agravados na área da Saúde devido a necessidade
do tratamento das seqüelas da Covid.