Estudo das causas de retenção e evasão na disciplina de química geral
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Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília, v.6, n.2, p. 83-98, Jul./Dez., 2020
ESTUDO DAS CAUSAS DE RETENÇÃO E EVASÃO NA DISCIPLINA DE
QUÍMICA GERAL NO CURSO DE FÍSICA DO
IFCE C
AMPUS
T
IANGUÁ
.
S
TUDY OF THE CAUSES OF RETENTION AND EVASION IN GENERAL
CHEMISTRY IN THE PHYSICS UNDERGRADUATE PROGRAM AT
IFCE
C
AMPUS
T
IANGUÁ
.
Jackson Nunes e VASCONCELOS
1
José Wagner de ALMEIDA
2
Daniel Aguiar e SILVA
3
RESUMO:
A busca pela excelência acadêmica tem enfatizado a importância de diversas ações
buscando impactos positivos na área educacional. Nesse contexto, é conhecido que, num curso
como o de licenciatura em Física, dificilmente os licenciandos conseguem concluir sua formação no
prazo previsto, podendo ainda procurar outros caminhos ou oportunidades. A evasão e a retenção
em
cursos de graduação são fenômenos complexos decorrentes de diferentes motivações e que
necessitam ser estudados, buscando assim, possíveis falhas nos processos de ensino e aprendizagem.
Este trabalho analisou, de forma não interventiva, estes fenômenos na disciplina de Química Geral,
buscando identificar possíveis causas e estratégias para redução dos mesmos. Problemas como
infraestrutura, transporte escolar, acolhimento dos estudantes, metodologia, condições econômicas,
falta de afinidade com o curso e formação básica são alguns dos fatores descritos com um maior
destaque negativo. A literatura relata que, em alguns casos, ações que aumentem o vínculo do
1
Doutor em Química pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Química Orgânica pela UFC.
Graduado em Química Industrial pela UFC. Atualmente é professor do Campus Tiangdo Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). E-mail: jackson.nunes@ifce.edu.br.
2
Doutor em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Educação Brasileira
pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Licenciado Pleno no Programa Especial de Formação Pedagógica
pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Bacharel em Engenharia Mecânica pela Universidade de Fortale-
za (UNIFOR). Atualmente professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Cea(IFCE),
Campus Aracati. E-mail: wagner.almeida@ifce.edu.br
3
Doutorando no Programa de Pós-graduação em Linguística (PPGL) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Mestre em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Especialista em Linguística Apli-
cada pela Faculdade Sete de Setembro (Fa7). Graduado em Letras (Português e Inglês) pela UFC. Atualmente
professor efetivo no curso de Licenciatura em Letras (Português e Inglês) do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus Tianguá. E-mail: daniel.aguiar@ifce.edu.br.
http://doi.org/10.36311/2447-780X.2020.v6.n2.06.p83
VASCONCELOS, J. N.; ALMEIDA, J. W.; SILVA, D. A.
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estudante com a instituição, e que propiciem melhorias do ensino e de assistência estudantil são
fundamentais e contribuintes para a redução da evasão e retenção dos estudantes.
PALAVRAS-CHAVE:
Retenção. Evasão. Química. Física.
ABSTRACT:
The search for academic excellence has emphasized the importance of several
actions
seeking positive impacts in the educational area. In this context, it is known that, in an
undergraduate program such as Physics, it is difficult for undergraduate students to complete their
training within the scheduled period, and they may also look for other paths or opportunities.
Evasion and retention in undergraduate programs are complex phenomena resulting from different
motivations and that need to be studied, seeking possible failures in the teaching and learning
processes. This work analyzed, in a non-interventional way, these phenomena in the discipline of
General Chemistry, seeking to identify possible causes and strategies for their reduction. Problems
such as infrastructure, school transport, hosting of students, methodology, economic conditions,
lack of affinity with the course and basic training are some of the factors described with a greater
negative emphasis. The literature reports that, in some cases, actions that increase the student’s
bond with the institution and that also enable improvement in teaching and student assistance are
fundamental and contribute to reducing student evasion and retention.
KEYWORDS
: Retention. Evasion. Chemistry. Physics.
INTRODUÇÃO
Nos últimos dez anos, a discussão sobre as questões educacionais no país
tem enfatizado os cursos de formação de professores como fator preponderante
para que se possa impactar positivamente em mudanças na área educacional.
Estudos apontam que alguns licenciandos dificilmente conseguem concluir sua
formação no prazo previsto pela Instituição, acabando também por evadir antes do
período. Os problemas de acolhimento e integração entre colegas e professores
para
com os estudantes de licenciatura foram registrados através de diversos
relatos, detectando nestes um grande grau de contribuição para o processo de
evasão estudado. Problemas de ordem curricular principalmente carga horária
e excesso de conteúdo também foram identificados pelo estudo como grandes
contribuintes para que o estudante desista do curso. A evasão aconteceria então
quando estes dois parâmetros, ao serem combinados entre si e com diversos
outros de ordem social ou individual, tornassem a situação de manutenção no
curso muito difícil, com o estudante evadindo-se, procurando outros caminhos e
oportunidades (DAITX, 2016).
Ao longo das últimas décadas, cursos de licenciatura têm sofrido com
problemas no desempenho de seus estudantes. Esses cursos apresentam altos
índices de retenção e evasão escolares, os quais ocasionam o insucesso escolar (DE
JESUS, 2015).
A evasão escolar é um fenômeno que começou a ser objeto de estudo
das políticas públicas e educacionais com maior cuidado por volta do ano de
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1996, com a criação da Comissão Especial de Estudos sobre Evasão, cujo objetivo
principal era desenvolver estudos acerca do desempenho das Instituições Federais
de Ensino Superior, devido em parte à inserção deste indicador na alocação de
recursos do Governo Federal (BRASIL/MEC/SESU, 1996).
A retenção escolar também se torna importante, pois um aumento do
índice de gastos ou investimentos (capital humano e financeiro) nas Instituições
de Ensino Superior (IES), apontando também para possíveis pontos de falha nos
processos de ensino e aprendizagem. Os índices de evasão e retenção em níveis
baixos acabou, então se tornando área de interesse e novos estudos e investigações
começaram a ser realizados (DAITX, 2016).
Trabalhos realizados sobre evasão apontam a permanência prolongada
em disciplinas consideradas difíceis como um dos fatores que contribuem para
a desistência do curso (PEREIRA, 2015; PARTORIZA, 2007; JESUS, 2015;
STONE, 2018). Entre elas, tem-se a Química Geral, comumente dividida em
teórica e experimental. As dificuldades provenientes dessa disciplina acabam
sendo determinantes para os recém universitários pois é frequentemente o
primeiro contato dos discentes com o universo da Química na universidade,
abrindo portas para as disciplinas que a seguem, como Química Orgânica e
Bioquímica para os cursos da área de saúde e as demais Químicas: Analítica,
Inorgânica e Físico-Química, para os cursos de exatas, engenharias e licenciaturas
(YAMAGUCHI, 2019).
A retenção em Química Geral vem permeando discussões sobre o
ensino de graduação, indicando a necessidade do aprofundamento nos estudos
a respeito, buscando suas causas e estratégias para redução. As pesquisas na área
contribuem para o avanço do conhecimento sobre o processo de permanência
prolongada nessa disciplina e, entre os fatores relacionados, citam-se: docentes
que ministram essa disciplina em formato tradicional; dificuldades no processo
de aprendizagem dos discentes; baixo nível de conhecimento básico dos alunos;
e a pouca aplicação dessa disciplina nos conceitos no cotidiano (JESUS, 2013;
STONE, 2018; CASTRO, 2013).
Nesse contexto, este trabalho se propõe a estudar, na forma de
levantamento bibliográfico, as possíveis causas da evasão e retenção escolar dos
estudantes, na busca por estratégias eficazes para solucioná-las ou minimizá-las
na disciplina de Química Geral do curso de Licenciatura em Física do campus
Tianguá do Instituto Federal do Ceará (IFCE). A disciplina apresentou evasão e
retenção com aproximadamente 33% dos estudantes no semestre 2019.1.
O campus possui sede no município de Tianguá, localizado na região da
Ibiapaba, a cerca de 320 Km da capital do Estado do Ceará, Fortaleza. Situa-
se
em uma importante área agrícola, comercial e turística, atendendo, além de
Tianguá, principalmente aos municípios de Viçosa do Ceará, Ubajara, Ibiapina
e São Benedito.
VASCONCELOS, J. N.; ALMEIDA, J. W.; SILVA, D. A.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As maiores preocupações de qualquer instituição de ensino superior, em
especial as públicas, devem ser a de bem qualificar seus estudantes e a de garantir
bons resultados em termos de número de diplomados que libera a cada ano para
o exercício profissional. Nesse pressuposto, é de fundamental importância se
estudar a evasão e a retenção dos estudantes.
A evasão de estudantes é um fenômeno complexo, comum às instituições
universitárias no mundo contemporâneo. Exatamente por isto, sua complexidade
e abrangência vêm sendo, nos últimos anos, objeto de estudos e análises,
especialmente nos países do Primeiro Mundo. Tais estudos têm demonstrado
não a universalidade do fenômeno como a relativa homogeneidade de seu
comportamento em determinadas áreas do saber, apesar das diferenças entre as
instituições de ensino e das peculiaridades sócio-econômico-culturais de cada país
(ANDIFES, 1996).
Uma das modalidades de evasão, conhecida como evasão voluntária,
é caracterizada por motivos pessoais, que tratam de dificuldades que o discente
enfrenta, muitas vezes relacionadas à retenção, que é definida como o atraso no
curso devido ao alto índice de reprovação. Fatores relativos às características dos
próprios estudantes seriam aqueles que envolvem sentimentos relacionados a não
identificação com o curso. As motivações são diversas e podem estar relacionadas
aos alunos e sua formação básica ou às instituições e suas peculiaridades (BRASIL/
MEC/SESU, 1996; DE JESUS, 2015). Arruda et al. (2006) mencionam que
a evasão pode estar relacionada à falta de informações em relação ao curso e à
profissão que foi escolhida pelo sujeito, quando o estudante opta por um certo
curso, sem que antes verifique como é a realidade do mesmo, no que diz respeito
ao tempo que será exigido de si, em relação à quantidade de trabalho e tempo de
estudo, ou com aquilo que imaginava que a profissão lhe ofereceria.
Para o desenvolvimento desta pesquisa, o termo evasão será entendido
como o abandono do componente curricular Química Geral pelo estudante, o
termo retenção será entendido quando o estudante repetiu a disciplina Química
Geral mais de uma vez até possivelmente se obter sucesso. De maneira geral, a
retenção acontece quando o estudante reprova alguma disciplina ou decide reduzir
o número de disciplinas cursadas, não estando mais no semestre recomendado
para o curso. Os dois termos são fenômenos que envolvem diversos aspectos
para que ocorram, tanto internos e externos à IES e ao estudante (LYA PIAIA,
2017). Os motivos para esse abandono são os mais variados possíveis, destacando
a reopção por outro curso (transferências) e a simples desistência por falta de
motivo aparente (SILVA et al., 1994; SILVA FILHO et al., 2007).
O número de ingressantes nas IES cresceu. Paralelamente também houve
incremento nos índices estatísticos sobre a evasão universitária, principalmente os
relacionados aos cursos de licenciatura que chegam a valores superiores a 50%,
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como os descritos para as licenciaturas de Física (57,2%), Química (52,3%) e
Matemática (52,6%), o que agrava consideravelmente o problema do grande
déficit de professores de ciências (YAMAGUCHI, 2019).
Química Geral, considerada difícil, é uma disciplina que vai muito
além da aquisição de conhecimento de conteúdo e precisa preparar o discente
para o desenvolvimento da capacidade de raciocínio e para o meio científico
(CRACOLICE, 2015). O índice elevado de reprovação pode ocorrer pela pouca
afinidade com o curso escolhido, fragmentação da estrutura curricular, dificuldades
de adaptação à organização universitária e fatores endógenos inerentes à relação
ensino e aprendizagem, e exógenos, como motivações financeiras (ANDRADE;
MEIRA, 2002).
O fenômeno da evasão torna-se ainda mais preocupante para os cursos
de licenciatura, uma vez que tais cursos ainda apresentam baixa procura (GATTI;
BARRETO, 2009). O baixo índice de formatura de alunos do curso de Física
no Brasil sempre foi considerado normal, pois além de outros fatores, trata- se
de um curso difícil e pouco atrativo profissionalmente. Porém tem surgido
várias iniciativas no sentido de reverter este pensamento ou pelo menos levantar
preocupações sobre os problemas de evasão nos cursos em várias instituições de
ensino do país (SOARES, 2014).
METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica no contexto da produção do conhecimento é
um recurso que podemos utilizar para a captação de dados no desenvolvimento
de uma pesquisa científica. Segundo Macedo (1994), é o processo pelo qual se
obtém soluções fidedignas para um determinado problema, por meio da coleta
planejada e sistemática, da análise e interpretação dos dados. É a busca por
informações bibliográficas e seleção de documentos que se relacionam com o
problema pesquisado, tais como livros, artigos de revistas, trabalhos de congressos,
teses etc., e o respectivo fichamento de referências para que sejam posteriormente
utilizadas.
Esse tipo de pesquisa pode ser uma estratégia utilizada como fonte e
instrumento na busca de se identificar as causas de uma determinada temática
investigada, podendo ser um caminho para se solucionar o problema, realizando
a análise dos objetivos, seguindo etapas, de leitura, de questionamentos e de
interlocução crítica com o material bibliográfico utilizado para a pesquisa
cientifica. Ela se apresenta ao pesquisador como sendo um procedimento
metodológico que possibilita a busca por soluções para a problemática pesquisada.
Para tanto, parte da necessidade de exposição do método científico escolhido pelo
pesquisador expõe as formas de construção do desenho metodológico e a escolha
VASCONCELOS, J. N.; ALMEIDA, J. W.; SILVA, D. A.
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dos procedimentos, demonstrando como se configura a apresentação e análise dos
dados obtidos (LIMA, 2007).
Para o presente trabalho, considerando a exigência que a temática nos
faz, lançamos mão dos instrumentos metodológicos a seguir. Inicialmente, a
exposição do método trata-se do primeiro passo para a definição do percurso
metodológico. Para a elaboração da pesquisa, foi realizada uma investigação das
causas, posteriormente uma análise explicativa, guiada por uma leitura reflexiva e
interpretativa e a possível investigação das soluções. A investigação bibliográfica,
sob essa perspectiva, buscou abordar a importância que possui a delimitação dos
critérios e dos procedimentos metodológicos que permitem definir um estudo
através da exposição e análise de exemplos, construídos a partir de uma pesquisa
dessa natureza. Esse tipo de procedimento apresenta ao pesquisador, por meio de
uma busca, as soluções ao objeto de estudo proposto (LIMA, 2007).
Esse estudo foi realizado de forma qualitativa, quando envolve uma
abordagem interpretativa, tentando entender fenômenos em termos dos
significados que as pessoas a eles conferem. Segundo Dezin e Lincown (2006),
esse tipo de pesquisa preza pela descrição detalhada dos fatos estudados e dos
elementos que o envolvem. O estudo analisou as principais causas de evasão e
retenção, objetivando buscar estratégias para a redução dos referidos índices.
O levantamento foi realizado em websites especializados, trabalhos e
publicações científicas, que tratam da temática evasão e retenção de alunos
no curso de Licenciatura em Física. Nossa pesquisa focou nos efeitos de
análise e comparação dos dados do IFCE campus Tianguá, referentes à evasão
e retenção dos alunos da disciplina de Química Geral do referido curso, nos
semestres de 2012.1 a 2019.1, o que nos levou a acessar também a plataforma
Q-Acadêmico IFCE.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O ENSINO DE FÍSICA NO BRASIL
O ensino de Física no Brasil teve início no período colonial, com a
participação dos jesuítas, no ensino secundário e superior (PILETTI, 1989).
Atualmente, a Física é ensinada no ensino médio, tendo apenas uma base
conceitual no final do ensino fundamental na disciplina de Ciências. O processo
educacional da Física pode partir da curiosidade de se entender fenômenos
físicos, por exemplo, e ser capaz de estimular, motivar e propiciar ao estudante
aprendizagens significativas para a vida dos alunos, devendo romper as formas
tradicionais de ensinar, com vistas a superação de uma representação desta área de
conhecimento difícil e complexa (SOARES, 2014).
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Um dos grandes desafios do ensino dessa disciplina é construir uma
ligação entre o conhecimento ensinado e o cotidiano dos alunos (VALADARES,
2001). Ele continua sendo pensado e trabalhado por muitos professores, de forma
tradicional, quando o ensino passa a constituir-se de forma abstrata, de difícil acesso
e sem nenhum significado para a maioria dos alunos (SOARES, 2014).
A
EVASÃO E A RETENÇÃO EM CURSOS DE LICENCIATURA EM FÍSICA
Com base em diversos estudos, procurou-se neste trabalho evidenciar
o tema estudado, sabendo-se da impossibilidade de esgotá-lo ou de propor
soluções definitivas para o mesmo. Este trabalho sobre evasão e retenção, mais
especificamente sobre a disciplina Química Geral para o curso de Licenciatura em
Física do IFCE campus Tianguá. A abordagem visa realizar um levantamento dos
possíveis motivos disponíveis na literatura, bem como das possíveis causas de
evasão e retenção e as estratégias para sua minimização.
Deste modo, tem surgido várias iniciativas no sentido de reverter
esse quadro e levantar preocupações na busca por estratégias para minimizar os
problemas de evasão e retenção em diversos cursos em várias instituições do país.
Observa-se, de maneira geral, que a evasão acontece quando o aluno não está
completamente integrado à instituição e avalia que sua continuidade não é mais
vantajosa.
Daitx, Loguercio e Strack (2016) constataram em seu estudo que
as causas da evasão acontecem em três ordens: por meio de fatores referentes
às características individuais dos estudantes, fatores internos às instituições e
fatores externos às instituições. Sobre os fatores internos às instituições, foram
destacados itens peculiares a questões acadêmicas como currículos desatualizados,
alongados; rígida cadeia de pré-requisitos, além da falta de clareza do próprio
projeto pedagógico do curso; itens relacionados a questões didático-pedagógicas,
como por exemplo critérios impróprios de avaliação do desempenho discente;
itens relacionados à falta de formação pedagógica ou ao desinteresse do
docente; itens vinculados à ausência ou ao pequeno número de programas
institucionais para o estudante, como iniciação científica, monitoria, Programa
Especial de Treinamento (PET) etc.; itens decorrentes da cultura institucional
de desvalorização da docência na graduação e itens decorrentes de insuficiente
estrutura de apoio ao ensino de graduação, laboratórios de ensino, equipamentos
de informática etc.
Um estudo desenvolvido por Lima Júnior, Ostermann e Rezende (2012)
sobre a evasão e a retenção nos cursos de Física da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) questiona a relação entre o perfil socioeconômico dos
estudantes e a evasão escolar. Os autores, utilizando-se de estudos da Sociologia
da Educação, afirmam que as instituições, neste caso a universidade, acabarão
VASCONCELOS, J. N.; ALMEIDA, J. W.; SILVA, D. A.
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reproduzindo a desigualdade encontrada na sociedade, em termos de capital
cultural, fazendo com que estudantes de melhor perfil socioeconômico tendam a
se graduarem, enquanto estudantes de menor perfil acabem desistindo do curso.
Os estudos apontam, também, que estudantes com menor perfil socioeconômico
ficariam retidos por maior tempo do que estudantes com melhor perfil até a
obtenção do diploma.
Peixoto, Braga e Bogutchi (2003), dentro deste mesmo campo de
investigação, haviam realizado estudos mostrando a inexistência de uma
correlação entre perfil socioeconômico e cultural e evasão para cursos da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), observando finalmente que,
embora a evasão seja um fenômeno de causas variadas, a intervenção da
Universidade através de alterações em currículos, adequação de metodologias
de ensino e de processos de avaliação, além da introdução de mecanismos de
acompanhamento dos estudantes, pode reduzir sensivelmente suas dimensões,
sobretudo naqueles cursos em que as taxas são mais elevadas. Essas modificações
devem ser orientadas principalmente para os períodos iniciais, uma vez que o
determinante para evasão aparenta ser o rendimento escolar dos estudantes nestas
etapas.
Soares (2014), em sua breve revisão bibliográfica, concluiu que, ao se
analisar os estudos consultados sobre as causas da evasão, percebe-se que elas
se repetem ao longo dos anos e são comuns na maioria das cidades brasileiras.
Os autores apontam como os principais responsáveis pela evasão: a repetência,
a falta de orientação educacional, a insatisfação com o curso e o desprestígio da
profissão.
A evasão é uma consequência de múltiplos fatores, uma decisão
tomada muitas vezes impulsivamente e sem vinculação a novas escolhas é fator
preponderante no abandono nos cursos de licenciatura, principalmente nas áreas
onde se exige uma boa formação em matemática. O processo de democratização
do sistema educacional público superior no Brasil, passa necessariamente pela
incorporação de estudantes oriundos de famílias de baixa renda. Além de assegurar
o acesso, é preciso considerar o compromisso do Estado com a democratização do
ensino superior. Deste modo, pressupõe-se a criação de condições concretas de
permanência e êxito dos estudantes. As deficiências do ensino manifestam-se na
evasão escolar, na retenção e no fraco desempenho dos alunos quando colocados
diante de situações em que são solicitados a explicar seu aprendizado (SOARES,
2014).
EVASÃO E RETENÇÃO EM QUÍMICA GERAL
Lia Pyaia (2017) concluiu, com os dados obtidos por meio de
pesquisa/questionário com os estudantes, que a infraestrutura, a biblioteca/
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livros, o transporte, o acolhimento dos estudantes de Química, a metodologia
dos professores, as bolsas de estudos, o trabalho em contraturno e a ajuda dos pais
são fatores que tiveram maior destaque negativo e assim contribuíram para que
os estudantes ficassem retidos e/ou evadiram a componente curricular avaliada.
Por sua vez, Martins (2007) determinou fatores que podem contribuir
para a evasão escolar na universidade, sendo destacado que os fatores que interferem
na evasão são: baixas condições econômicas, falta de gestão para permanência
destes estudantes, família, falta de afinidade com o curso, a qualidade do curso
oferecido, localização da universidade, trabalho, idade do estudante, retenção em
disciplinas.
Em relação aos professores, Stout e Wygal (2010) elencam os
seguintes fatores que precisam ser evitados: atitudes negativas ou indiferentes para
com os estudantes e/ou a classe; falta de organização e/ou preparação inadequada;
metodologias deficientes; erros na avaliação, e/ou no processo avaliativo; e
comportamento inacessível/inflexível.
Todavia, alguns fatores com relação aos estudantes também são
identificados, tais como: hábito de estudar fora de sala de aula, procurar em outras
fontes de conhecimento o aprendizado desejado, sua capacidade de interagir com
o ambiente educacional, suas motivações pessoais em aprender (PAVIONE;
AVELINO; FRANCISCO, 2016).
Ações podem serem feitas de imediato para resolver a curto prazo o
fator do acolhimento dos estudantes. Outro fator que pode ser melhorado
é a metodologia dos professores, sendo que em reuniões de coordenações de
curso podem ser discutidas ações para que haja uma formação continuada no
quesito ressaltado pelos alunos, bem como verificar novas metodologias a serem
trabalhadas.
A EVASÃO E A RETEÃO NO IFCE
As instituições têm papel importante, buscando fornecer as condições
necessárias para que o estudante se adapte da melhor forma possível, e identificando
os possíveis fatores que possam levá-lo a desistir do curso escolhido, intervindo
para evitar essa possível desistência.
O Plano Estratégico de Permanência e Êxito dos Estudantes (PPE) do
IFCE 2017-2024 aponta as principais causas de evasão e retenção nessa instituição.
Como fatores individuais são citados: adaptação à vida acadêmica; qualidade da
formação escolar anterior; descoberta de novos interesses ou novo processo de
seleção; questões pessoais e de saúde do estudante ou familiar; compatibilidade
entre a vida acadêmica e as exigências do mundo do trabalho; e desmotivação
com o curso. Como fatores internos à instituição, o PPE indica: atualização e
VASCONCELOS, J. N.; ALMEIDA, J. W.; SILVA, D. A.
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flexibilidade curricular; infraestrutura física, material, tecnológica e de pessoal
para o ensino; gestão administrativa e financeira da unidade de ensino; gestão
acadêmica do curso; questões didático-pedagógicas; processo de seleção e política
de ocupação de vagas; inclusão social e respeito à diversidade; e relação escola-
família. Também são indicados os fatores externos à instituição: conjuntura
econômica e social.
Atualmente o IFCE possui um Programa de Assistência Estudantil,
com um amplo Programa de Auxílios, com a finalidade de ampliar as condições
de permanência e êxito estudantil, apoiar a formação acadêmica dos discentes,
visando a reduzir os efeitos das desigualdades sociais, contribuindo para a redução
das taxas de retenção e evasão, propiciando a melhoria do desenvolvimento
acadêmico e biopsicossocial do estudante, possibilitando uma maior participação
no contexto acadêmico, visando à sua formação integral e fomentando a inclusão
social pela educação. São concedidos vários tipos de auxílios estudantis, atendendo
aqueles com maior vulnerabilidade social.
A
PESQUISA NO
IFCE T
IANGUÁ
Este trabalho teve como motivação o levantamento realizado para
análise do aproveitamento da disciplina Química Geral do curso de Licenciatura
em Física do IFCE campus Tianguá, realizado no semestre 2019.1, quando
aproximadamente 33% dos alunos não obtiveram êxito. Trata-se de uma disciplina
do quarto semestre do curso, com uma carga horária de 40h.
Foi possível quantificar a evasão e a retenção com o levantamento dos
dados da referida disciplina, observando-se um percentual médio de 8,12% de
evasão e uma retenção média de 21,02%, no período de 2012.1 a 2019.1 (Tabela
01). Observamos então que 29,14% dos estudantes neste período não tiveram
êxito ao cursarem a disciplina. Vale ressaltar que alguns dos estudantes retidos
repetiram a disciplina e chegaram a ser aprovados posteriormente.
Mesmo utilizando algumas estratégias como recuperação paralela,
resolução de listas de exercícios, ações com programa de monitoria, observou-se
certa dificuldade em alguns estudantes em alguns conceitos sicos da química, da
matemática e até em interpretação de texto ou situações problemas. Foi possível
também verificar que alguns estudantes não tinham afinidade com o curso de
Física, mas que se tratava da opção naquele momento.
Como ações de intervenção e monitoramento para a superação da
evasão e retenção, são descritas inúmeras ações gerais que aumentam o vínculo do
corpo discente com o IFCE, estratégias de implementação de ações voltadas ao
processo de ensino-aprendizagem, permanência e êxito; melhoria da prática-
educativa; currículo; assistência Social Estudantil; ações voltadas para a pesquisa
e a extensão; projetos e programas com bolsas estudantis; articulações entre o
Estudo das causas de retenção e evasão na disciplina de química geral
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mundo do trabalho e a prática profissional; incentivo à qualificação; estrutura e
equipamentos; ações inclusivas e de diversidade; ações de promoção à saúde; de
valorização dos cursos; e deslocamento dos estudantes.
Tabela 1
- Dados de evasão e retenção dos estudantes de Química Geral do
curso de Licenciatura em Física do IFCE campus Tianguá (Q-Acadêmico -
IFCE).
Semestre
Matriculados
Evasão %
Retidos
Retenção %
Aprovados
%
2012.1
14
14,29
1
7,14
11
78,57
2012.2
13
15,38
5
38,46
6
46,15
2013.1
9
11,11
2
22,22
6
66,67
2013.2
14
0,00
6
42,86
8
57,14
2014.1
4
0,00
0
0,00
4
100,00
2014.2
16
12,50
3
18,75
11
68,75
2015.1
28
7,14
4
14,29
22
78,57
2015.2
14
0,00
3
21,43
11
78,57
2016.1
12
16,67
4
33,33
6
50,00
2016.2
11
0,00
3
27,27
8
72,73
2017.1
31
16,13
4
12,90
22
70,97
2017.2
10
0,00
2
20,00
8
80,00
2018.1
12
0,00
2
16,67
10
83,33
2018.2
34
14,71
7
20,59
22
64,71
2019.1
36
13,89
7
19,44
24
66,67
TOTAL
258
8,12
53
21,02
179
70,86
VASCONCELOS, J. N.; ALMEIDA, J. W.; SILVA, D. A.
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Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília, v.6, n.2, p.83-98, Jul./Dez., 2020
Gráfico 01
- Dados de evasão e retenção dos estudantes de Química Geral do
curso de Licenciatura em Física do IFCE campus Tianguá (Q-Acadêmico - IFCE).
Gráfico 02
- Dados de evasão e retenção dos estudantes de Química Geral do
curso de Licenciatura em Física do IFCE campus Tianguá (Q-Acadêmico - IFCE).
Consideramos um importante aliado para o combate à evasão, a
integração acadêmica, estabelecida por meio de compromissos pessoais, sociais
Estudo das causas de retenção e evasão na disciplina de química geral
Artigos/Articles
95
Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília, v.6, n.2, p. 83-98, Jul./Dez., 2020
e acadêmicos, como elementos instauradores de um vínculo do estudante com
a instituição. Tais elementos se transformam em mecanismos capazes de evitar
uma decepção com o curso ou com a instituição que acabasse por ocasionar
o desligamento do aluno do curso. A participação em projetos de pesquisa,
extensão, monitoria, esportes etc. são fundamentais nesse sentido. Com estes
projetos, programas e ações, os estudantes tendem a permanecer na instituição,
sair da estatística da evasão e/ou retenção e finalizarem o curso o qual ingressaram
com sucesso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A evasão é um problema complexo e comum nos cursos universitários,
resultante de vários fatores que pesam na decisão do estudante em continuar ou
desistir do curso. É importante a investigação dos possíveis fatores causadores
da evasão e da retenção estudantil. Conhecendo os motivos, é possível se propor
ações visando minimizar o insucesso discente no componente curricular estudado.
Os dados obtidos da disciplina Química Geral do IFCE campus
Tianguá com esta pesquisa contribuíram para um melhor entendimento das
causas da evasão e da retenção, bem como foram levantadas ações a serem
realizadas. Nesse levantamento, foi possível identificar os possíveis fatores que
contribuíram para a retenção e/ou a evasão dos estudantes, sendo os problemas
relacionados à infraestrutura, ao transporte escolar, ao acolhimento dos estudantes,
à metodologia dos professores, à metodologia inadequada de estudo, às baixas
condições econômicas, à falta de afinidade com o curso, à deficiência no ensino
de base, e aos erros no processo avaliativo, os fatores descritos com um maior
destaque negativo e que assim contribuíram para que os estudantes ficassem
retidos e/ou evadissem da componente curricular de Química Geral.
No IFCE, o Plano Estratégico de Permanência e Êxito dos Estudantes
do IFCE PPE / 2017-2024, aponta as principais causas de evasão e retenção, no
qual são citados vários fatores, merecendo destaque a qualidade da formação escolar
anterior, questões pessoais/saúde, desmotivação com o curso, infraestrutura,
questões didático-pedagógicas e aspectos econômicos.
As soluções vislumbradas são ações que aumentam o vínculo do
estudante com a instituição, de estímulo estudantil, integração acadêmica, de
acompanhamento contínuo, de melhorias do processo de ensino-aprendizagem,
e de assistência social estudantil.
Os fatores e ações descritos neste trabalho contribuem para ressaltar a
importância do tema da evasão e da retenção estudantil descritos por outros
autores na literatura, e assim propor medidas e/ou ações a serem realizadas visando
a permanência e o êxito estudantil.
VASCONCELOS, J. N.; ALMEIDA, J. W.; SILVA, D. A.
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Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília, v.6, n.2, p.83-98, Jul./Dez., 2020
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Revista do Instituto de Políticas Públicas de Marília, v.6, n.2, p.83-98, Jul./Dez., 2020