A COMPREENSÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES A RESPEITO DA TRAPAÇA

Autores

  • Haller E. S. Schünemann UNASP
  • Aparecida Imaculada da Conceição dos Santos UNASP
  • Gabriela Gomes da Silva UNASP
  • Jacqueline Ribeiro Santos UNASP

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-1655.2016.v8n1.05.p98

Palavras-chave:

Trapaça; Desenvolvimento Moral; Educação Moral.

Resumo

A trapaça é um comportamento transgressivo relativamente aceito na sociedade, às vezes, por ser considerado inofensivo, embora possa trazer muitos prejuízos as relações interpessoais. A pesquisa tem como objetivo investigar o julgamento feito por crianças e adolescentes em situações de trapaça próximas ao seu contexto de vida.  Foram entrevistados 86 sujeitos, nas seguintes faixas etárias: 5/6 anos; 9/10 anos e 14/15 anos. Cada sujeito teve de responder a quatro situações elaboradas a partir do cotidiano dos participantes. Eles foram convidados a opinar e justificar a posição diante do comportamento dos sujeitos descrito nos dilemas. Os resultados foram analisados dentro de uma perspectiva do desenvolvimento moral demonstrando em linhas gerais o aparecimento de argumentos morais autônomos a partir de 9/10 anos na crítica ao comportamento de trapaça. Contudo, o fato de 15% dos adolescentes considerarem a trapaça em todas as situações como válida, com o argumento: “todo mundo faz” parece indicar um percentual significativo de adolescentes com uma avaliação inadequada das implicações sociais da trapaça. Os dados da pesquisa sugerem a necessidade de uma educação moral mais planejada com o objetivo de aperfeiçoar a capacidade de avaliação moral dos adolescentes.

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Publicado

2016-10-27

Edição

Seção

Artigo