Moças de Família: gênero e relações de parentesco.

Autores

  • Michele Escoura FFC-Unesp, Marília

DOI:

https://doi.org/10.36311/1415-8612.2008.v8n3.198

Resumo

No decorrer do século XX o movimento feminista atingiu muitas de suas maiores conquistas. No entanto, por mais que alguns valores e comportamentos sociais tenham se alterado, outros permaneceram irredutíveis. Dentre esses, um em especial é nesse trabalho discutido: a perpetuação da “moça de família”. Partindo de orientações metodológicas da História Oral, procurei investigar como mecanismos culturais operam no processo de socialização de um indivíduo, principalmente, buscando compreender em que medida a educação familiar contribui para a constituição de uma identidade de gênero. Por meio das memórias colhidas em entrevistas de mulheres de minha família, pude traçar um perfil comum entre todas elas: as mulheres Escoura são “moças de família”, dispostas a seguirem rígidas normas comportamentais para atingirem seus sonhos românticos, uma vez que quanto mais elas se assemelharem com o ideal de feminilidade, estabelecido socialmente, maiores serão as chances de encontrarem um príncipe encantado e fazer um bom casamento, analogamente ao clássico conto da Cinderela.

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Publicado

2009-02-25

Edição

Seção

Artigos