E A PONTA FICA EXCLUÍDA: DESAFIOS À PARTICIPAÇÃO DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Autores

  • Rogério Zanon da SILVEIRA, Márcia Prezotti PALASSI, Alfredo Rodrigues Leite da SILVA

DOI:

https://doi.org/10.36311/1519-0110.2013.v14n2.3428

Palavras-chave:

participação no trabalho, subjetividade, Auditor Fiscal, administração pública, estudos organizacionais

Resumo

O objetivo deste artigo é compreender a dinâmica da subjetividade em que aspectos históricos e culturais impregnam o ambiente institucional e afetam a participação do servidor em um órgão fazendário no Brasil. O referencial teórico adotado é a teoria da subjetividade numa perspectiva histórico-cultural (GONZÁLEZ REY, 2003, 2005), cuja concepção de subjetividade rompe dicotomias entre o social e o individual. Adota-se um conceito de participação associado às formas pelas quais o servidor público participa no contexto geral onde trabalha, buscando influenciar os destinos da instituição. Os sujeitos de pesquisa são sete auditores fiscais de uma administração fazendária estadual no Brasil. O levantamento dos dados deu-se entre julho de 2009 e fevereiro de 2010, por meio das técnicas de conversação e redação e as interpretações basearam-se nos princípios da epistemologia qualitativa (GONZÁLEZ REY, 1999, 2005). Os resultados revelam aspectos da subjetividade social hegemônica que impactam a participação dos servidores, como: gestão rígida e centralizada; resquícios de autoridade excessiva e prevalência masculina no ambiente de trabalho. Conclui-se que a forma de gestão na instituição pesquisada inibe e até impede o desenvolvimento da participação no cotidiano do trabalho.

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Publicado

2022-02-17

Edição

Seção

Artigos