PRESENÇA, VIRTUALIDADE E EMOÇÃO: PERSPECTIVAS TEMPORAIS EM TORNO DO BERGSONISMO

Autores

  • Pablo Enrique Abraham Zunino

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2011.v3n05.4388

Palavras-chave:

Subjetividade, Duração, Percepção, Memória, Vontade, Bergson

Resumo

Este artigo examina a relação entre subjetividade e vontade à luz de alguns resultados parciais obtidos em nossa pesquisa sobre a filosofia de Henri Bergson, cujo carro-chefe é a noção de “duração”. Pensar a subjetividade a partir da duração significa admitir que a transição ininterrupta que vai do passado para o futuro passando pelo presente é a temporalidade atuando no nível mais simples de nossa relação com o mundo. Destacamos a subjetividade a partir da duração porque já na percepção estamos evocando o passado para iluminar o presente e, assim, podemos compreender o “problema” da subjetividade a partir de uma ação na qual se observa uma diferença de funções: a diferença entre o presente que atua e o passado que já não atua. É precisamente esse caráter temporal da ação que leva os comentadores de Bergson a interpretarem de maneira original a gênese da subjetividade, o papel da memória na percepção e a conceberem novos sentidos para o conceito de “vontade”. Por conseguinte, a estrutura argumentativa que adotamos neste texto deverá mover-se em três níveis de análise que correspondem, respectivamente, a três aspectos da subjetividade humana (percepção, memória e vontade). Desse modo, pretendemos ressaltar a temporalidade viva como marca registrada do bergsonismo.

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Publicado

2011-07-30

Edição

Seção

Artigos