HAVERIA EFETIVAMENTE UMA CONDIÇÃO DE CONCRETIZAÇÃO FÁTICA PARA A DIMENSÃO DA AUTENTICIDADE NO APELO DA CONSCIÊNCIA ONTOLÓGICA EM HEIDEGGER?

Autores

  • Daniel da Silva Toledo Pós-doutorando na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (UFMG). Doutor em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2017.v9n20.05.p31

Palavras-chave:

Heidegger, Analítica existencial, Consciência ontológica, Autenticidade

Resumo

Tendo por objeto principal a analítica existencial de Martin Heidegger, o presente estudo tem por objetivo maior oferecer uma perspectiva crítica através da qual possa ser questionado o grau de suficiência da consciência ontológica em fazer apelo ao poder-ser autêntico de um ser-no-mundo lançado em meio a projetos vivenciais concretos que têm seu fundamento fático colocado em suspensão pela própria condição de declínio do ser-finito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANTUNES, P F. R. “Sein und Zeit: sobre uma Ética, outra vez“. Trágica, vol.9, nº1, pp. 16-35, 2016.

ARAUJO, T A. “Angústia e finitude: o ser-no-mundo como espaço ético”. Trilhas Filosóficas, ano III, nº1, pp. 87-102, 2010.

BLATTNER, W. Heidegger’s Temporal Idealism. New York: Cambridge University Press, 1999.

BUCHNER, S. C. / STATLER, M. S. (Eds.). Styles of Piety. Practicing Philosophy afterthe Death of God. New York:Fordham University Press, 2005.

CABRAL, A. Heidegger e a destruição da ética. Rio de Janeiro: Mauad, 2009.

CABRERA, J. Critica de la moral afirmativa. Barcelona: Gredisa, 1996.

CAPUTO, J. The Mystical Element in Heidegger’s Thought. Ohio: Ohio University Press, 1990.

CARMAN, T. Heidegger’s Analytic. Interpretation, Discourse, and Authenticity in Being and Time. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

CASANOVA, M A. Compreender Heidegger. Petrópolis: Vozes, 2015.

______. Nada a caminho. Impessoalidade, niilismo e técnica na obra de Martin Heidegger. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

DREYFUS, H L. Being-in-the-world. A commentary on Heidegger's Being and Time, division I. Cambridge: The MIT Press, 1991.

DREYFUS, H.; WRATHALL, Mark (Eds.). A Companion to Heidegger. Oxford: Blackwell Publishing, 2005.

DUARTE, I. B. (ed.) A morte e a origem. Em torno de Heidegger e de Freud. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2008.

DUBOIS, C. Heidegger: introdução a uma leitura. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.

FERREIRA, L M. Da ética ao ethos originário. Um diálogo com Heidegger. Dissertação de mestrado apresentada ao programa de pós-graduação stricto sensu em

Filosofia da Universidade de Brasília. Brasília: UNB, 2008.

FERRY, L.; RENAULT, A. «La question de l’éthique après Heidegger». In: ____ Système et Critique. Essais sur le critique de la raison dans la philosophie contemporaine.Bruxelas: Ousia, 1992.

HAAR, M. Heidegger e a essência do homem. Lisboa: Piaget, 1997.

HABERMAS, J.The Philosophical Discourse of Modernity. Cambridge: MIT Press, 1989.

HATAB, L. J. “Ethics and Finitude:Heideggerian Contributions to Moral Philosophy”. International Philosophical Quarterly,vol.XXXV, nº4, Issue nº140, pp. 403-417, 1995 (versão traduzida por Marcos A. Webber e publicada em HATAB, Lawrence J. “Ética e finitude: contribuições heideggerianas para a filosofia moral”. Intuitio, Porto Alegre,

vol. 6, nº2, pp. 171-188, 2013).

______. Ethics and Finitude.Heideggerian Contributions to Moral Philosophy. Maryland: Rowman and Littlefield Publishers, 2000.

HEIDEGGER, M. Die Grundbegriffe der Metaphysik. Welt – Endlichkeit – Einsamkeit. 3.Aufl. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 2004 [1983] (Gesamtausgabe: Bd. 29/30).

______. Die Grundprobleme der Phänomenologie. Frankfurt am Main: Vittorio Klosterman, 2005 (Klostermann Seminar: 16).

______.Holzwege. 6. Aufl. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1980 [1950].

______.Sein und Zeit. 11. Aufl. Tübingen: Max Niemeyer, 1967.

______.Wegmarken. 3.Aufl. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 2004 [1976] (Gesamtausgabe: Bd. 9).

HENSCHEN, T. “Dreyfus and Haugeland on Heidegger and Authenticity”. Human Studies, vol.35, nº1, pp. 95-113, 2012.

HODGE, J. Heidegger e a ética. Lisboa; Instituto Piaget, 1998.

LEWIS, M. Heidegger and the Place of Ethics. Being-with in the Crossing of Heidegger’s Thought. London-New York: Continuum, 2006.

LOPARIC, Z. Ética e finitude. São Paulo: EDUC, 1995.

______. Heidegger réu. Um ensaio sobre a periculosidade da filosofia. Campinas: Papirus, 1990.

______. Sobre a responsabilidade. Porto Alegre: Edpucrs, 2003.

MACANN, C. (ed.). Martin Heidegger Critical Assessments IV: Reverberations. London: Routledge, 1992.

MACHADO, J. T. Os indícios de Deus no homem. Uma abordagem a partir do método fenomenológico de Martin Heidegger. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.

MANZI, R. “O que seria a consciência na fenomenologia heideggeriana?”. Griot, vol.13, nº1, pp. 183-199, 2016.

MARX, W. Ethos und Lebenswelt. Hamburg: Felix Meiner, 1986.

MIYASAKI, D. “A Ground for Ethics in Heidegger's ‘Being and Time’”. Journal of the British Society for Phenomenology,vol.38, nº3, pp. 261-279, 2007.

MOREAU, D. «Heidegger et la question de l’éthique: la construction d’un interdit». Horizons Philosophiques, vol.14, nº2, pp.1-26, 2004.

MULHALL, S. Routledge Philosophy Guidebook to Heidegger and “Being and Time”. 2 nd. ed. London: Routledge, 2005.

NUNES, B. Passagem para o poético. Filosofia e poesia em Heidegger. São Paulo: Ática, 1986.

OLAFSON, F A. Heidegger and the Ground of Ethics.A Study of Mitsein. New York: Cambridge University Press, 1998.

OLIVEIRA, M. (org.). Correntes fundamentais da ética contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2000.

OSONGO-LUKADI, A-D. La philosophie pratique à l’époque de l’ontologie fondamentale. Le dialogue de Heidegger avec Kant. Paris: L’Harmattan, 2001.

PALEY, J. “Heidegger and the ethics of care”. Nursing Philosophy, vol.1, pp. 64–75, 2000.

PHILIPSE, H. “Heidegger and Ethics”. Inquiry, vol.42, pp. 439-474, 1999.

PÖGGELER, O. A via do pensamento de Martin Heidegger. Lisboa: Instituto Piaget, 2001.

RAFFOUL, F. The origins of responsibility. Indiana: Indiana University Press, 2010.

RAFFOUL, F.; PETTIGREW, D (Eds.).Heidegger and practical philosophy. Albany: State University of New York Press, 1996.

REIS, R. R. “Modalidade existencial e indicação formal: elementos para um conceito existencial de moral”. Natureza Humana, vol.2, nº2, pp. 273-300, 2000.

RICOEUR, P. O si-mesmo como um outro. Campinas: Papirus, 1991.

ROWAN, A. M. “Dasein, Authenticity, and Choice in Heidegger’s Being and Time”. Logos i Ethos, vol.1, nº41, pp. 87-105, 2016.

SALES, M. L. “A questão da dimensão ética na analítica existencial heideggeriana”. Ágora Filosófica, ano 2, nº1, pp. 35-54, 2002.

SERAFINI, L. “Toward an Ontological Ethics: Derrida’s Reading of Heidegger and Levinas”. Ethics & Politics, vol.XVIII, nº1, pp. 473-495, 2016.

SHIU-CHING, W. “On the Priority of Relational Ontology: The Complementarity of Heidegger's Being-With and Ethics of Care”. KEMANUSIAAN, vol.23, nº2, pp. 71–87, 2016.

STEIN, E. Seminário sobre a verdade. Lições preliminares sobre o parágrafo 44 de Sein und Zeit. Petrópolis: Vozes, 1993.

TOLEDO, D.“A precariedade essencial do ser-no-mundo a partir da ontologia de Heidegger”. Synesis, vol.7, nº2, pp. 18-31, 2015.

______. “A precariedade histórico-ontológica como fundamento abissal da ‘metafísica do Dasein’”. Kínesis, vol.7, nº13, pp.72-85, 2015.

______. “Traços hermenêuticos para a compreensão do fenômeno do sagrado em Heidegger”. Kínesis, vol.3, nº5, pp. 198-224, 2011.

WEBB, D. Heidegger, ethics and the practice of ontology. London/New York: Continuum, 2009.

WEBBER, M. A. “Culpa e consciência: as condições ontológicas para a responsabilidade moral em Heidegger”. Texto apresentado na XII Segunda Semana Acadêmica do PPG em Filosofia da PUCRS. 2013. Disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/semanadefilosofia/XII/38.pdf

WOLIN, R .The Politics of Being.The Political Thought of Martin Heidegger. New York: Columbia University Press, 1990.

WRATHALL, M.; MALPAS, J (Eds.). Heidegger, Authenticity, and Modernity. Essays in Honor of Hubert L. Dreyfus (vol.1). Cambridge: MIT Press, 2000.

ZARADER, M. Heidegger e as palavras da origem. Lisboa: Piaget, 1998.

Downloads

Publicado

2018-03-15

Edição

Seção

Artigos