O CORPO-INVERTIDO COMO RESPOSTA À ECONOMIA DO CORPO PRODUTIVO-SUBMISSO

Autores

  • Wellington Amâncio da Silva Mestre em Ecologia Humana pela Universidade Estadual da Bahia (UNEB)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2016.v8.n19.08.p103

Palavras-chave:

Diogeneseidade, Corpo-invertido, Política do corpo, Regimes de necessidades

Resumo

Aqui, retomamos a discussão sobre o corpo-invertido2 a partir de dois conceitos de Michel Foucault: “política do corpo” e “regimes de necessidades”. Assim, a partir da problemática do controle do corpo, é preciso afirmar que o corpo-invertido é corpo não submisso que subsiste a partir da sua “própria política” e que é, por assim dizer, assaz indiferente aos regimes instituídos de necessidades, porque se encontra para além do âmbito do que se constitui designar moralmente de “miséria”. Tentaremos demonstrar de quais formas decorrem estas independências radicais em face destes dois conceitos foucaultianos da vigilância e punição (2014). Para isso trataremos sucintamente da economia do corpo produtivo/submisso e do corpo invertido enquanto poder.

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Publicado

2018-03-14