A FALA E O GESTO INCORPORADOS E ATRELADOS À VIDA VIVIDA

Autores

  • Daniel Luporini de Faria Mestre em Filosofia da Mente, Lógica e Epistemologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Marília

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2018.v10n22.08.p58

Palavras-chave:

Corpo, Fala, Gestos, Vida vivida, Referenciação

Resumo

Como parte de um projeto abrangente acerca do universo simbólico de pacientes com esquizofrenia, este artigo, veiculado ao grupo de estudos em saúde mental (interfacesUNICAMP) procura tratar das relações complexas entre fala e gesto, numa perspectiva de sujeito incorporado e situado no mundo vivido, dentro do contexto geral da metafísica do filósofo Merleau-Ponty. Neste sentido, além de efetuarmos uma breve exposição das ideias do filósofo acima citado, nos deteremos, especificamente, nos trabalhos de McNeill (1992, 2000), onde a autora problematiza as relações entre gestos e fala, num processo de co-coordenação da linguagem “jogada” no fluxo da vida vivida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

DESCARTES, R. Meditações. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 91-150. (Os Pensadores).

GIBSON, J. J. The ecological approach to visual perception. Hisdalle, New jersey: Lawrence Eslbaum Ass, 1986. p. 127-143.

KENDON, A. Gesture: visible action as utterance. Cambridge; New York: Cambridge Univ. Press, 2004. 400 p.

MERLEAU-PONTY, M. O visível e o invisível. São Paulo: Perspectiva, 1971.

______. Merleau-Ponty na Sorbonne: resumo de cursos – Filosofia e Linguagem. Campinas: Papirus, 1990.

McNEILL, D. Hand and mind: what gestures reveal about thought. Chicago: The University of Chicago Press, 1992. 416p.

______. (Ed.) Language and gesture. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.

MONDADA, L. A referência como trabalho interativo: a construção da visibilidade do detalhe anatômico durante uma operação cirúrgica. In. KOCH, I. V.; MORATO, E. M.; BENTES, A. C. Referenciação e discurso. São Paulo: Contexto, 2005. p. 11-31

______. Participant’s online analysis and multimodal practices: projecting the end of the turn and the closing of the sequence. 2006. Disponível em: Acesso em: 28/12 de abr. 2017.

______. Relações entre espaço, linguagem, interação e cognição: uma perspectiva praxeológica. In. SIGNORINI, I. (Org.). Situar a língua(gem). São Paulo: Parábola, 2008. p. 67-90

MORATO, E. M. Linguagem e cognição: as reflexões de L.S. Vygotsky sobre a ação reguladora da linguagem. São Paulo: Plexus, 1997.

NORRIS, S. Multiparty interaction: a multimodal perspective on relevance. Discourse Studies, vol. 8, n. 3, p. 401-421. Londres: SAGE, 2006. Disponível em: HYPERLINK "http://dis.sagepub.com/" Acesso em: 27/01/ 2018.

RUTHROF, H. The body in language. London and New York: Cassell, 2000.

TELLIER, M. The development of gesture. In. BOT, K. De; SCHRAUF, R. W. Language development over the lifespan. New York: Routledge, 2009. p. 191-216

TOMASELLO, M. Origins of human communication. Boston (Mass.): MIT Press, 2008.

VYGOTSKY, L. Thought and Speech. Psychiatry, II, 1, 1939.

WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. Tradução de Marcos G. Montagnoli. Petrópolis: Vozes, 1996. 350 p.

______. Notes for lecture on “Private Experience” and “Sense Data”. In: KLAGGE, J. e NORDMANN, A. (org.). Ludwig Wittgenstein: philosophical occasions 1912-1951. Indianapolis, Cambridge: Hackett, 1993a. P. 202-288.

______. The language of sense dada and private experience. In: KLAGGE, J. e NORDMANN, A. (org.). Ludwig Wittgenstein: philosophical occasions 1912-1951. Indianapolis, Cambridge: Hackett, 1993b. P. 290-367.

Downloads

Publicado

2018-07-28

Edição

Seção

Artigos