INESGOTABILIDADE E CRITICABILIDADE DA OBRA DE ARTE: A NOÇÃO DE IDEIA ESTÉTICA SEGUNDO KANT E A TESE DE BENJAMIN SOBRE A CRÍTICA DE ARTE NO ROMANTISMO ALEMÃO

Autores

  • Nathan Menezes Amarante Teixeira Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2015.v7n13.5446

Palavras-chave:

Kant, Ideia Estética, Benjamin, Crítica de Arte

Resumo

Ao tratar da beleza artística no §46 da Critica da faculdade do juízo, Kant afirma ser característico do artista o talento de genialidade. Segundo o autor, tal talento seria algo que lhe é natural e através do qual o artista seria capaz de fazer de suas obras a exposição daquilo que ele irá chamar posteriormente no §49 de Ideias estéticas. Estas ideias tendo como característica principal a possibilidade de não serem completamente incluídas em um conceito, conferindo assim à obra uma pluralidade de significados. Por sua vez, em sua tese de doutorado intitulada O conceito de crítica de arte no romantismo alemão, Walter Benjamin propõe-se a analisar o conceito de crítica presente nos românticos, sustentando como tese principal que a verdadeira crítica para tais autores consiste em desdobrar as potencialidades inerentes às obras. Desta forma, a proposta do presente trabalho consiste em mostrar que as características principais que uma "verdadeira" obra de arte possui no pensamento kantiano enquanto exposição de Ideias estéticas, são profundamente análogas àquelas que Benjamin vê nos românticos através do conceito de crítica de arte.

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Referências

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Publicado

2015-10-08

Edição

Seção

Artigos