MITO, MENTIRA E FEIÚRA NO LIVRO II DA REPÚBLICA DE PLATÃO

Autores

  • Juliano Orlandi Doutorando pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2011.v3n06.4421

Palavras-chave:

Mito, Verdade, Beleza, Poesia, Platão, República

Resumo

A censura platônica à poesia no Livro II da República está claramente fundada num critério moral: na educação dos jovens, devem ser evitados os mitos feios, isto é, os mitos que conduzem aos vícios morais. Há passagens em que Platão parece identificar a feiúra dos mitos ao conceito de mentira e, assim, a censura parece se dirigir aos mitos mentirosos. Em outros trechos, contudo, Platão parece admitir a existência de mitos que, apesar de mentirosos, podem ser considerados belos. Nesse caso, o Livro II não parece identificar os conceitos de mentira e feiúra nos mitos. A oscilação entre o verdadeiro motivo para censurar os poetas no Livro II da República constitui o ensejo desta investigação

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Referências

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Publicado

2011-12-15

Edição

Seção

Artigos