Democratizar a democracia: debate em torno de encontrar lugar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/2236-5192.2020.v21esp.10.p135

Palavras-chave:

Democracia, Educação, Participação Política

Resumo

A vastidão do debate sobre democracia reclama a realização de um caminho exploratório e a centração em aspectos particulares. Isto implica correr o risco de moldar a democracia como se de matéria se tratasse e, por isso, repensar, interrogar e mesmo dessacralizar esta forma de organização que tem sido vista, por todo mundo, como sendo capaz de garantir direitos e liberdades individuais. Como objeto de estudo e como forma de estruturação social, a ideia de democracia pode ser discutida no quadro de uma diversidade de campos epistémicos e de um conjunto diverso de interpretações e focos. Pareceria pois necessário um exercício argumentativo que percorresse a História, o Direito, a Filosofia, a Ciência Política, a Antropologia, a Economia…

Recebido em: 04/01/2020.
Aprovado em: 10/02/2020

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eunice Macedo, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação

Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Centro de Investigação e Intervenção Educativas. (Porto, Portugal). 

Alexandra Carvalho, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Bolsista de Investigação do Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE), da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. 

Referências

Afonso, Almerindo (2009). Nem tudo o que conta em educação é mensurável ou comparável: Crítica à accountability baseada em testes estandardizados e rankings escolares. Revista Lusófona de Educação, 13, 13-29. Retirado de http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-72502009000100002&lng=pt&nrm=iso

Augé, Marc (1994). Não-lugares: Introdução a uma antropologia da sobremodernidade [trad. Lúcia Mucznik]. Venda Nova: Bertrand.

Baker, John, Lynch, Kathleen, Cantillon, Sara & Walsh, Judith (2004). Equality: from theory to practice. Great Britain: Palgrave, Macmillan.

Baker, John, Lynch, Kathleen, Cantillon, Sara, & Walsh, Judy (2006). Equality: Putting the theory into practice. Res Publica, 12, 411-433.

Barroso, João (2006a). Introdução: A investigação sobre a regulação das políticas públicas de educação em Portugal. In João Barroso (Org.), A regulação das políticas públicas de educação: espaços, dinâmicas e actores (pp. 9-39). Lisboa: Educa.

Barroso, João (2006b). O estado e a educação: A regulação transnacional, a regulação nacional e a regulação local. In João Barroso (Org.), A regulação das políticas públicas de educação: Espaços, dinâmicas e actores (pp. 43-70). Lisboa: Educa.

Bauman, Zygmunt (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar Editor.

Castel, Robert (2000). Roads to desaffiliation: Insecure work and vulnerable relationships. International journal of Urban and regional Research, 24 (3), 519-535.

Castells, Manuel (2007). Communication, Power and Counter-power in the Network Society. International Journal of Communication 1, 238-266. http://ijoc.org/index.php/ijoc/article/view/46/35

Chouliaraki, Lilie, & Fairclough, Norman (2005). Discourse in late modernity: Rethinking critical discourse analysis. Edinburg: Edinburg University Press.

Cornwall, Andrea, & Goetz, Anne Marie (2005). Democratizing democracy: Feminist perspectives. Democratization, 12 (5), 783-800. doi:10.1080/13510340500322181

Correia, José Alberto (1998). Para uma teoria crítica em educação: contributos para uma recientificação do campo educativo. Porto: Porto Editora.

Dale, Roger (2005). A globalização e a reavaliação da governação educacional: Um caso de ectopia sociológica. In António Teodoro & Carlos Alberto Torres (Orgs.), Educação crítica e utopia: Perspectivas para o século XXI (pp. 53-69). Porto: Afrontamento.

Dewey, John (1985). Democracy and education. Carbondale: Southern Illinois University Press.

Febbro, Eduardo (2015, Novembro 29). “Tenemos democracia electoral, pero no de ejercicio”. Pagina 12. Retirado de https://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-287172-2015-11-29.html

Fielding, Michael, & Bragg, Sara (2003). Students as researchers: Making a difference. Cambridge: Pearson Publishing.

Fraser, Nancy (1990). Rethinking the public sphere: A contribution to the critique of actually existing democracy. Social Text, 25, 56-80.

Freire, Paulo (1981). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Furlan, Cássia C., & Maio, Eliane Rose (2016). Educação na modernidade líquida: Entre tensões e desafios. Mediações, 21(2), 279-302. doi:10.5433/2176-6665.2016v21n2p279

Gordon, Andrew, & Stack, Trevor (2007). Citizenship beyond the state: Thinking with early modern citizenship in the contemporary world. Citizenship Studies, 11(2), 117-133. doi:10.1080/13621020701262438

Harvey, David (1993). A condição pós-moderna. São Paulo: Loyola.

Macedo, Eunice (2009). Vozes poderosas de jovens de elites económicas portuguesas. Configurações, 5-6, 175-197.

Macedo, Eunice (Coord.). (2011). Porque uma educação outra é possível: contributos para uma praxis transformadora. Porto: IPFP.CRPF & LivPsic.

Macedo, Eunice (2015). Violência e violências sobre as mulheres: Auscultando lugares para uma democracia ‘outra’ mais autêntica. In Tânia Brabo (Ed.), Mulheres, gênero e violência (ISBN 978-85-7983-636-7, pp. 15-35). Marília: Oficina Universitária & São Paulo: Cultura Acadêmica.

Macedo, Eunice (2018). Vozes jovens entre experiência e desejo: que lugares de cidadania?. Porto: Afrontamento.

Macedo, Eunice, & Araújo, Helena C. (2014). Young Portuguese construction of educational citizenship: Commitments and conflicts in semi-disadvantaged secondary schools. Journal of Youth Studies, 17(3), 343-359.doi:10.1080/13676261.2013.825707

Pitkin, Hanna Fenichel (2006). Representação: Palavras, instituições e ideias. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, 67, 15-47. doi:10.1590/S0102-64452006000200003

Philips, Anne (2001). The politics of presence. Oxford: Oxford University Press.

Rosanvallon, Pierre (2015). El buen gobierno. Buenos Aires: Ediciones Manantial.

Lima, António Saraiva (2017, outubro 10). Pierre Rosanvallon. “As desigualdades na nossa sociedade são altamente toleradas”. Jornal Sol. Disponível em https://sol.sapo.pt/artigo/583851/pierre-rosanvallon-as-desigualdades-na-nossa-sociedade-sao-altamente-toleradas-

Lima, Licínio (2014). A Gestão Democrática das Escolas: do autogoverno à ascensão de uma pós-democracia gestionária? Educação & Sociedade, 35(129), 1067-1083. doi:10.1590/ES0101-73302014142170

Santos, Boaventura de Sousa (1994). Pela mão de Alice: O social e o político na pós-modernidade. Porto: Afrontamento.

Santos, Boaventura de Sousa (2002). Democratizar a democracia: Os caminhos da democracia participativa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Stoer, Stephen R., & Magalhães, António (2002, maio). Novas cidadanias, reconfiguração do contrato social em educação. Comunicação apresentada nas Jornadas sobre Globalização. Instituto Politécnico de Leiria, Leiria, Portugal.

Tambakaki, Paulina (2009). From citizenship to human rights: The stakes for democracy. Citizenship Studies, 13(1), 3-15. doi:10.1080/13621020802586594

Wängnerud, Lena (2013). Beyond Presence: The Principles of Gender Sensitive Parliaments. APSA 2013 Annual Meeting Paper; American Political Science Association 2013 Annual Meeting. Retirado de https://ssrn.com/abstract=2300720

Young, Iris (1990). Justice and the politics of difference. Princeton: Princeton University Press.

Young, Iris (1997). Intersecting voices: Dilemmas of gender, political philosophy, and policy. Princeton: Princeton University Press.

Young, Iris (2000). Inclusion and democracy. New York: Oxford University Press.

Downloads

Publicado

2020-03-17

Como Citar

Macedo, E., & Carvalho, A. (2020). Democratizar a democracia: debate em torno de encontrar lugar. Educação Em Revista, 21, 135–158. https://doi.org/10.36311/2236-5192.2020.v21esp.10.p135

Edição

Seção

Artigos