A DESSACRALIZAÇÃO DA FIGURA DE CRISTO: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O HOMEM E O CAVALO E A VIDA DE BRIAN

Autores

  • Sonia Aparecida Vido Pascolati
  • Eliza Pratavieira

DOI:

https://doi.org/10.36311/1808-8473.2010.v1n7.1511

Resumo

A presença de elementos da tradição judaico-cristã é visível em diferentes manifestações artísticas, épocas e culturas. Dentre essas manifestações, estão o texto dramático O homem e o cavalo, do brasileiro Oswald de Andrade, e o filme A vida de Brian, do grupo britânico Monty Python, ambos produzidos em contextos marcados pela contestação da cultura vigente: o primeiro, escrito em 1934, contempla o cenário de industrialização e urbanização do início do século XX e o consequente acirramento das relações de produção capitalistas; o filme, por sua vez, insere-se no contexto derivado da contracultura dos anos de 1960, questionadora de valores, princípios e modos de agir típicos da sociedade de consumo. Neste artigo, aproximamos as duas criações artísticas que, embora representem linguagens diferentes (literatura dramática e cinema) e tenham sido produzidas em contextos diversos, têm em comum o fato de elegerem a mesma figura – Cristo – como eixo em torno do qual se organiza uma intensa reescrita paródica da saga bíblica a fim de provocar uma não menos intensa reflexão sobre a sociedade de suas respectivas épocas.

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Biografia do Autor

Sonia Aparecida Vido Pascolati



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