Sociedade disciplinar no pensamento de Foucault e a sociedade de controle no pensamento de Deleuze-Guattari
PDF

Palavras-chave

infância
produção de subjetividade
educação infantil
capitalismo
sociedade disciplinar
sociedade de controle
biopolítica

Como Citar

SILVA, V. de J. C. e. Sociedade disciplinar no pensamento de Foucault e a sociedade de controle no pensamento de Deleuze-Guattari: o papel da instituição educacional e o controle na infância. Revista Aurora, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 130–147, 2017. DOI: 10.36311/1982-8004.2016.v9n2.09.p130. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/7050. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Este artigo trata do recorte de uma pesquisa de Iniciação Científica acerca da vivência contemporânea da infância. O objetivo é, sob o viés da expropriação da infância através do submetimento ao formato da rotina capitalista, fazer uma reflexão teórica à luz de Foucault, Deleuze e Guattari sobre o processo de produção de subjetividade. Paradoxalmente ao contexto de proteção e cuidado, contrapõe-se a exigência para as crianças de quatro meses até os seis anos de idade de uma organização rígida e duradoura de horários e atividades, juntamente com seu confinamento na maior parte do tempo, dentro da educação infantil. Em acordo com o cotidiano de trabalho dos pais, a criança é inserida no modo educacional de funcionamento capitalista desde a mais tenra idade. As abordagens educativas no ambiente institucional geralmente perduram por anos e a exposição continuada a tais circunstâncias pode contribuir para formação de um contingente populacional diferenciado, já que objetificados cada vez mais precocemente.

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2016.v9n2.09.p130
PDF

Referências

BUJES, M. I. E. Infância e Maquinarias. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

CARDOSO JÚNIOR, H. R. Para que serve uma subjetividade? Foucault, tempo e corpo. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre/RS, v. 18, n.3, 2005.

DELEUZE, G. Diferença e Repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

DELEUZE, G. Conversações. Rio de Janeiro: 34, 1992.

DELEUZE, G. Crítica e Clínica. São Paulo: 34, 1997.

DELEUZE, G.. Empirismo e Subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo Hume. São Paulo: 34, 2001.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O Anti-édipo: capitalismo e esquizofrenia. Portugal, Lisboa: Assírio &Alvim, 1966.

DOMINGUES, R. P. Estudo do conceito de inconsciente no pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari: um olhar sobre a infância como mapa de devires em alguns casos clínicos da psicanálise infantil. Relatório de Iniciação Científica. FAPESP, 2002.

DREYFUS, H. L.; RABINOW, P. Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense, 1995.FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

DREYFUS, H. L. Resumo dos Cursos do Collége de France (1970-1982). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

DREYFUS, H. L. Subjetividade e verdade. Curso no Collége de France (1980-1981). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

GUATTARI, F. Revolução molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo: Brasiliense, 1987.

GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica. Cartografias do desejo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

LARROSA, J. Tecnologias do eu e educação. In: SILVA, T. T. (Org.). O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

ORLANDI, L. B. L. O que estamos ajudando a fazer de nós mesmos? In: RAGO, M; ORLANDI, L. B. L.; VEIGA-NETO, A. (Org.). Imagens de Foucault e Deleuze. Ressonâncias nietzschianas. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

VEIGA-NETO, A. Foucault & a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

SILVA, V. J. C. Sociedade disciplinar no pensamento de Foucault e a sociedade de controle no pensamento de Deleuze: um olhar sobre o papel da instituição educacional e o controle na infância. Pesquisa de Iniciação Científica. Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo, Fapesp. Universidade Estadual Paulista, Unesp, Assis, SP, 2007.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2017 Revista Aurora

Downloads

Não há dados estatísticos.