O Estado brasileiro e a terceirização
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Palavras-chave

Estado
Neoliberalismo
Terceirização

Como Citar

CUNHA, Y. R. da. O Estado brasileiro e a terceirização. Revista Aurora, [S. l.], v. 8, n. 01, p. 83–104, 2015. DOI: 10.36311/1982-8004.2014.v8n01.4708. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/4708. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo expor sobre a relação entre Estado Brasileiro e as práticas de terceirização. Defende-se, que essas práticas passaram a ser utilizadas em larga escala a partir dos anos 90, justamente, quando se iniciaram as neoliberais reformas do aparelho estatal, e só foram possíveis em razão de determinadas condições históricas, somado a um acúmulo de forças e experiências desde os anos 60, que são expressos nas legislações. Nesse sentido trabalha-se com a hipótese de que, os administradores públicos brasileiros ao utilizarem as práticas de terceirização como medidas “modernizantes e racionais”, possibilitaram que o Estado se “especializasse” cada vez mais em ser o administrador dos interesses da burguesia, ao adotarem as práticas de terceirização, pois favorecem as empresas/empresários em detrimento dos trabalhadores, como é o caso da terceirização.

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2014.v8n01.4708
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