A dialética da reestruturação produtiva
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Palavras-chave

Fordismo
Taylorismo
Toyotismo
Reestruturação produtiva

Como Citar

BATISTA, E. A dialética da reestruturação produtiva: a processualidade entre fordismo, taylorismo e toyotismo. Revista Aurora, [S. l.], v. 7, n. 2, p. 17–34, 2014. DOI: 10.36311/1982-8004.2014.v7n2.3848. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/3848. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O texto aborda as relações orgânicas entre as formas de organização do trabalho dos períodos caracterizados como fordismo, taylorismo e toyotismo, ressaltando que tais relações são historicamente determinadas e dialeticamente conjugadas entre si. A mundialização do capital, entendida como expansão da forma de sociabilidade capitalista contemporânea, acarreta particularidades ao desenvolvimento e dinâmica das relações de trabalho que ultrapassam a dinâmica produtiva e assumem caráter social, indicando um modelo híbrido de gestão do trabalho em todas as suas manifestações. O objetivo geral deste artigo é apresentar uma argumentação que indica a materialidade das relações sociais estabelecidas sob esta forma de sociabilidade através dos modelos de gestão do trabalho fordista, taylorista e toyotista e sua reverberação nas teorias organizacionais que integram a chamada Teoria Geral da Administração. Especificamente, trata-se de resgatar a perspectiva de processualidade entre estes modelos e destacar o caráter dialético e histórico dos diferentes momentos de reestruturação produtiva do capital, sobretudo durante o século XX, a fim de demonstrar que existe uma dinâmica orgânica entre eles. A metodologia utilizada conta com o método de investigação materialista histórico acompanhado do método de análise dialético, utilizando como instrumentos a pesquisa bibliográfica e análise documental.
https://doi.org/10.36311/1982-8004.2014.v7n2.3848
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