Política e conhecimentos parciais

a intelligentsia enquanto fundamento social da síntese em Karl Mannheim

Autores

  • Ricardo Ramos Shiota Universidade Estadual Paulista (Unesp) image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.36311/1982-8004.2009.v2n2.1208

Palavras-chave:

Política, Sociologia do Conhecimento , Inteligentsia

Resumo

Desde Platão o saber das humanidades reclama uma relação íntima para com os Príncipes e soberanos deste mundo. No caso de Mannheim, a situação é outra, mas o desfecho normativo parece semelhante ao que já havia dito o filósofo grego. Em face do relativismo, afirmando o condicionamento social das idéias, Karl Mannheim (1969) percebe as implicações políticas de seus pressupostos, levando-nos adiante para pensar a própria política. A multiplicidade de posições, interesses e perspectivas sociais fizeram o autor buscar nos intelectuais a solução para seus impasses teóricos e para a possibilidade de um controle racional da sociedade na forma de conciliação de interesses sociais. Neste artigo, apresentamos a concepção de política de Mannheim aliada aos pressupostos da sua sociologia do conhecimento. Embora, após severas críticas, o autor abandonou sua posição, nas palavras de Michel Lowy (1996), ela seria uma ?contribuição original e inovadora?.

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Biografia do Autor

Ricardo Ramos Shiota, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Ricardo Ramos Shiota é mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da UNESP - Campus de Marília.

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Publicado

2009-07-20

Como Citar

SHIOTA, R. R. Política e conhecimentos parciais: a intelligentsia enquanto fundamento social da síntese em Karl Mannheim. Revista Aurora, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 57–64, 2009. DOI: 10.36311/1982-8004.2009.v2n2.1208. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/aurora/article/view/1208. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Miscelânea