VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UMA GUERRA DOS SEXOS NA ARENA DA LUTA DE CLASSES
DOI:
https://doi.org/10.33027/2447-780X.2017.v3.n1.04.p35Palavras-chave:
Violência, Subalternidade da mulher, Casamento monogâmico, Luta de classes, Guerra dos sexosResumo
Este trabalho fala da violência do homem contra a mulher. Mas principalmente trata da causa remota dessa violência. Considera que essa causa é histórica e encontra explicação naquilo em que se transformou o papel da mulher numa sociedade de classes. De pessoa socialmente situada no mesmo patamar dos homens, ela transita – na medida em que as forças produtivas impõem novas relações de produção – para um lugar subalterno, porque não é agente produtora de riqueza material. A subalternidade é ideológica, isto é, construída por um pensamento que apenas valoriza aquilo que pode se tornar propriedade; a ideologia é uma invenção, que dissimula a desigualdade entre as classes, mas isto não faz aquela subalternidade menos intensa nem menos dolorosa. A sociedade de classes impõe o casamento monogâmico, a benefício do homem proprietário, e este amor sexuado individual, associado a tal tipo de relação, justifica, para eles, a resposta violenta a qualquer suposta transgressão à regra. Assim é que, ao relegar à porção feminina da humanidade um papel social e ideologicamente subalterno, a sociedade de classes condenou a mulher à posição de vítima da violência masculina. Numa palavra, a sociedade de classes (edificadora da luta de classes) é o pano de fundo e a arena natural da guerra dos sexos.
Submissão: 2017-05-14
Aceite: 2017-08-21
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